Recém-nascido de mäe diabética
Newborn infant from diabetic mothers
Prat. hosp; 3 (5), 1988
Publication year: 1988
O período de julho de 1982 a março de 1985, foram admitidos no berçário da Unidade Materno Infantil do Hospital dos Servidores do Estado - Rio de Janeiro, 81 recém-nascidos (RNs) de diabéticas gestacionais (DG) e 22 RNs de diabéticas pré-gestacionais (DPG). Dentre as diabéticas pré-gestacionais 80,9% foram classificadas como Classes B e C (Priscilla-White), portanto com duraçäo de doença inferior a 20 anos e sem complicaçöes vasculares. Sinais de mau prognóstico de Pedersen estavam presentes em 52,3% das DPG e em 30% das DG, sendo em sua maioria decorrentes de negligência ao tratamento. Procuramos dar ênfase aos exames de pré-natal atualmente disponíveis para moritorizar a vitalidade fetal e funçäo placentária (Cardiotocografia, Ultra-sonografia, HPL e estriol), que tornam bem mais segura a escolha da época apropriada para a interrupçäo da gestaçäo nos casos mais graves. Observamos uma forte incidência de RNs grandes para a idade gestacional (47,6% em DPG e 20% em DG), demonstrando que, apesar de todos os cuidados, um número grande de gestantes diabéticas näo mantém um rígido controle metabólico. Manobras de reanimaçäo na sala de parto, foram necessárias em 20% dos casos. Das desordens metabólicas, a hipoglicemia (na sua grande maioria sintomática), foi encontrada em 52,3% dos RNs de DPG e 11,6% das DG.; e a hipocalcemia em 24,2% dos RNs de DPG e 5% das DG. A hiperbilirrubinemia foi a intercorrência mais freqüente com 52,3% dos RNs de DPG e com 30% dos DG. O sofrimento respiratório foi notado em 28,5% dos RNs de DPG e em 8,3% das DG e a infecçäo em 14,2% dos DPG e em 6,6% do DG