Prevalência da fobia de sangue-injeção-ferimentos em amostra da população de São Paulo-SP
Prevalence of blood-injection-injury phobia in a sample of the population of São Paulo-SP

Psicol. argum; 23 (43), 2005
Publication year: 2005

Este estudo relata a prevalência ao longo da vida, características clínicas, procura de tratamento em saúde mental e o impacto na realização de exames de sangue e consultas odontológicas da fobia de sangue-injeção-ferimentos em uma amostra da população da cidade de São Paulo-SP, Brasil. A entrevista clínica estruturada para o DSM-IV (2.0), com questões sobre sangue, injeção e dentistas, foi administrada em 1544 sujeitos por psicólogos clínicos. A prevalência ao longo da vida estimada da fobia de sangue-injeção ferimentos foi de 4,1 por cento na população geral; 82,0 por cento (ou 3,4 por cento da amostra total) ainda apresentavam sintomas fóbicos nos últimos 6 meses. A média da idade de início da fobia foi de 9 anos. Sujeitos com este tipo de fobia tinham várias histórias de desmaio ao longo da vida. A prevalência deste tipo de fobia foi maior em mulheres, pessoas de raça negra e com baixa escolaridade. Nenhuma pessoa relatou especificamente tratamento em saúde mental para a fobia de sangue-injeção-ferimentos. Pessoas com fobia de sangue-injeção-ferimentos demoram em média o quádruplo de anos para realizar exames de sangue (12 anos) e ir ao dentista (13 anos) em comparação com pessoas sem este tipo de fobia (03 anos para ambas as situações)
This study report the lifetime prevalence, clinical characteristics, help seeking in mental health and the impactin the realization of blood examination and seeing a dentist of the blood-injection-injury phobia in apopulation sample of the city of São Paulo-SP, Brazil. The Sructured Clinical Interview for DSM-IV (2.0), withquestions about blood, injection and dentists, was administrated in 1544 subjects to clinical psychologists.The estimated lifetime prevalence of the blood-injection-injury phobia was 4,1% in the general population;82,0% (or 3,4% of the total sample) had had phobics symptoms within the last 06 months. The average ageof onset was 09 years. Subjects with this type of phobia had higher lifetime histories of fainting. The prevalenceof this type of phobia was higher in females, black race persons and with less education. None person reportedseeking mental health treatment specifically for the blood-injection-injury phobia. People with blood-injection-injury phobia take four times longer to realize of blood examination (12 years) and seeing a dentist(13 years) in comparison with people without this type of phobia (03 years for both the situations)

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