Aqui se jaz, aqui se paga: a mercantilização da morte
Aquí se muere, aquí se paga: la mercantilización de la muerte
The market of death

Psicol. soc. (Online); 28 (2), 2016
Publication year: 2016

Resumo Este artigo busca compreender o que os rituais funerários contemporâneos revelam sobre as maneiras com as quais as pessoas têm lidado com a morte e o morrer na atualidade. Desse eixo surgem reflexões sobre a relação dos homens com a finitude, evidenciando que os modos atuais de lidar com a morte e o morrer envolvem processos de mercantilização, patologização, medicalização e espetacularização.

Esta publicação é oriunda de pesquisa de doutorado em psicologia social e apoiada metodologicamente em uma das vertentes da etnografia:

a etnografia crítica. Foi realizada entre os anos de 2010 e 2014 no Brasil e em Portugal. O crescente uso de serviços funerários de "tanatoestética" aponta não somente técnicas de maquiagem dos mortos, mas também estratégias de maquiagem da morte. Essa dissimulação é sinalizada pela redução progressiva do espaço que a sociedade contemporânea destina ao luto e ao sofrimento, categorias cada vez mais equiparadas a condições patológicas.
Resumen Este artículo busca comprender lo que revelan los ritos funerarios contemporáneos acerca de las maneras conque la gente ha tratado la muerte y el morir. De este eje surjen reflecciones sobre la relacción del humano con la finitud. Evidenciando que los modos actuales de lidear con la muerte involucran procesos de mercantilización, patologización, medicalización y espetacularización. Esta publicación se origina de una investigación de doctorado en psicologia social y se enbasa metodologicamente en la etnografia crítica. Se realizó entre los años de 2010 y 2014 en Brasil y en Portugal. El cresciente uso de servicios funerarios de "tanatoestética" apunta no solo a la utilización de maquillage de los muertos, como tanbién a estratégias de maquillage de la propia muerte. Esta disimulación és remarcada por la reducción progresiva del espacio que la sociedad contemporánea destina al luto y al sufrimiento, categorias cada vez mas asociadas a condiciones patológicas.
Abstract This paper aims to understand what the contemporary funeral rituals reveal about the ways used by people to deal with death and dying nowadays. From that central concept, new reflections ramify about the relation-ship between men and time and being finite. It's made evident that the modern ways of dealing with death and dying involve flagrant marketing, pathological, medical and speculative processes. The fast growing presence of tanatoaesthetics in funerary services points out not only some make-up techniques of the dead, but also the existence of make-up strategies of death. That conceal is marked by the progressive reduction of the space that our modern society assign to the mourning and the suffering, categories that each day are more often compared to pathologies.

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