RBM rev. bras. med; 59 (4), 2002
Publication year: 2002
Objetivo:
Apresentar os principais hábitos e disfunçöes sexuais da polpulaçäo brasileira. Materiais e métodos:
Amostrta de 2.835 indivíduos (47 porcento homens e 53 porcento mulheres), maiores de 18 anos, foi pesquisada no ano de 2000. testes de qui-quadrado foram realizados. Resultados:
Para homens, as principais disfunçöes foram: disfunçäo erétil (DE)- 46,2 porcento, ejaculaçäo precoce (EP)- 15,8 porcento, falta de desejo sexual (FDS)- 12,3 porcento e disfunçäo orgásmica (DO)- 10 porcento. Para mulheres:
disfunçäo orgásmica (DO)- 29,3 porcento, dor à relaçäo sexual (DRS)- 21,1 porcento e falta de desejo sexual - 34,6 porcento. $,9 porcento dos homens e 16,4 porcento das mulheres näo têm vida sexual ativa.Mulheres iniciam vida sexual 5,6 anos mais cedo que há 40 anos. O número médio de relaçöes sexuais por semana foi de 3,1 para homens e 2,8 para mulheres. A maioria dos homens (72,4 porcento) e das mulheres (57,7 porcento) se disseram à vontade para falar de sexo, sendo os indivíduos mais velhos os mais insatisfeitos com a vida sexual. Afeto e carinho foram os elementos considerados mais importantes num relacionamento sexual, para homens (63,3 porcento) e para mulheres (71,3 porcento). O maior medo masculino numa relaçäo sexual foi näo satisfazer a parceira (62,6 porcento) e em segundo lugar contaminar-se com DST (58,3 porcento). Para mulheres, oresultado foi inverso: contaminar-se com DST (54,1 porcento) e näo satisfazer o parceiro (45 porcento). Conclusöes:
DE é a disfunçäo mais referida entre os homens. DO e FDS säo muito mais comum em mulheres. Para homens, o maior medo é de mau desempenho sexual e para mulheres, contaminaçäo com DST. Insatisfaçäo sexual aumenta com a idade, para ambos os sexos. Nas últimas quatro décadas, o onício da vida sexual tem ocorrido mais cedo para mulheres, enquanto para homens näo se observou muita diferença.(au)