O papel do baço na resistêncua à infecçäo
The role of the spleen in resistance to infection

RBM rev. bras. med; 60 (5), 2003
Publication year: 2003

Sendo o maior órgäo linfóide do corpo humano, o baço exerce funçöes imunológicas relevantes :por um lado, é um órgäo depurador de bactérias da corrente sanguínea, enquanto, por outro, propicia a produçäo precoce de anticorpos em resposta a diversas partículas antigênicas. Esse órgäo atua primordialmente na formaçäo de linfócitos e monócitos e na fagocitose de partículas estranhas, bactérias, vírus e leucócitos,além da produçäo e processamento de fatores séricos - opsoninas - com grande habilidade para estimular a fagocitose. Quanto maior a virulência dos microorganismos, menor a funçäo fagocitária hepática e maior a esplênica, independentemente da quantidade de complemento ligada a eles. Desconhece-se a razäo para essa maior habilidade do baço, quando comparada com o fígado. Acredita-se que possa existir alguma diferença nos macrófagos desses dois órgäos, mas a diversidade em suas arquiteturas histológicas, responsável pela passagem mais vagarosa do sangue pelo baço - permitindo contato mais intenso e prolongado entre antígenos e fagócitos -, provavelmente desempenha papel primordial nessa modificaçäo na atividade fagocitária. É ele o único órgäo do sistema mononuclear fagocitário com essa versatilidade, e diversos estudos sugerem que o implante esplênico autógeno poded recuperar essa particular atividade funcional. Diversas alternativas para preservar a funçäo esplênica vêm sendo desenvolvidas e o número de indicaçöes para esplenectomia total relacionadas ao trauma e às enfermidadeds hematológicas ou malignas vem decrescendo nitidamente. Quando a esplenectomia total é necessária, o auto-implante esplêncio parece constituir a única alternativa para rpeservaçäo de tecido esplênico .(au)

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