Neste artigo, a autora avalia as estratégias de mudança do estilo de vida para redução do risco de eventos cardiovasculares. Inicialmente, situa a doença ateroscierótíca (DAC) e seus principais eventos infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral como as principais causas de morte no mundo ocidental, que aumentam anualmente, sendo considerada a doença ateroscierótica uma doença da vida moderna. Neste sentido, realiza ampla revisão bibliográfica mencionando as diretrizes e metas da Sociedade Brasileira de Cardiologia-Departamento de Aterosolerose. Em seguida, nas estratégias de mudança do estilo de vida, menciona o abandono do tabagismo, os benefícios terapêuticas da atividade física e a importância da dieta, apresentando amplos dados bibliográficos com referência à modificação do perfil lipídico e da função endotelial e suas aplicações clínicas. Na discussão, apresenta resultados favoráveis e outras publicações sobre a associação entre o exercício físico e o risco do desenvolvimento da DAC, comprovando a necessidade da promoção da atividade física como prioridade da saúde pública. Com relação à terapêutica dietética, salienta a importância das fibras (soluvéis e insolúveis) e suas fontes, bem como as recomendações das quantidades nos Estados Unidos da América do Norte. Menciona o mecanismo de ação das fibras e os dados epidemiológicos que relacionam sua ingestão com a diminuição da incidência de coronariopatias, bem como ações da fibra dietática sobre a redução dos níveis de lipídeos (colesterol) e também a importância das fibras na terapêutica das dislipidemias, sendo atualmente reconhecidas como alimentos funcionais.