Arritmogênese: bases eletrofisiológicas - part I
Arrhythmogenesis: electrophysiological basis - part I

REBLAMPA Rev. bras. latinoam. marcapasso arritmia; 10 (2), 1997
Publication year: 1997

As arritmias cardíacas säo o resultado de qualquer distúrbio na geraçäo ou conduçäo do impulso, ocorrendo de forma isolada ou em combinaçäo. Com a utilizaçäo de microeletrodos, consegue-se registrar uma diferença de potencial entre o interior da fibra cardíaca e a soluçäo nutriente onde ela se encontra, denominado potencial de repouso da membrana. Após a ativaçäo da célula cardíaca por um estímulo externo, surgem variaçöes significativas no seu estado elétrico, divididas em fases distintas, cujo conjunto é chamado de potencial de açäo da membrana. Determinadas células cardíacas têm capacidade de iniciar potenciais de açäo espontaneamente e säo designadas como células automáticas. A conduçäo do impulso assim gerado se faz fibra a fibra e sua velocidade varia amplamente nos diversos tecidos cardíacos, dependendo do tipo de resposta obtido; lenta ou rápida. As enfermidades podem transformar fibras rápidas em fibras lentas, ao alterar as correntes iônicas, normalmente exitentes nas células do coraçäo. As arritmias podem surgir por modificaçöes do seu automatismo normal, originando batimentos ou ritmos de escape, passivos ou ativos; quando células näo automáticas mostram ativdidade elétrica espontânea, geram distúrbios do ritmo por automatismo anormal. Se uma fibra cardíaca com propriedades autmáticas é rodeada por áreas que apresentam bloqueios de entrada e saída, provoca uma alteraçäo chamada parasistolia. O potencial transmembrana tem a capacidade de apresentar oscilaçöes, durante ou no no final da repolarizaçäo (pós-despolarizaçöes) que, se forem suficientemente amplas e repetitivas, podem originar arritmias por atividades deflagrada. A progressäo do impulso através do coraçäo pode encontrar um uma área onde exitia conduçäo lenta e bloqueio unidirecional, permanecendo neste loacal, durante um tempo suficientemente longo para que possa novamente reexcitá-lo, induzindo arritmias por reentrada. O fenômeno de reentrada poderá ocorrer pela presença de um obstáculo anatômico, funcional, por anisotropia ou por adiçäo.

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