Cirurgia do labirinto: técnica e resultados
The maze operation: technique and results
REBLAMPA Rev. bras. latinoam. marcapasso arritmia; 13 (1), 2000
Publication year: 2000
A fibrilaçäo atrial é a arritmia sustentada mais frequentemente encontrada na prática clínica e está associada a significativa morbi-mortalidade. A irregularidade do ritmio cardíaco causa desconforto, a perda do sincronismo atrioventricular leva a alteraçöes hemodinâmicas e a extase sanguínia atrial aumenta o risco de tromboembolismo. Com o objetivo de controlar e, preferentemente promover a cura de pacientes com fibrilaçäo atrial paroxística ou crônica, três técnicas cirúrgicas (o isolamento do átrio esquerdo, a operaçäo do corredor e a cirurgia do labirinto) foram propostas nas últimas duas décadas. A técnica do isolamento do átrio esquerdo e a cirurgia do corredor, apesar de restabelecerem o ritmo sinusal, näo reduzem o risco de tromboembolismo, pois o átrio esquerdo ou ambos átrios continuam fibrilando. No momento, a técnica cirúrgica mais utilizada para o tratamento da fibrilaçäo atrial refratária é a cirurgia do labirinto, desenvolvida por Cox esta técnica, inicialmente realizada apenas em pacientes com fibrilaçäo atrial isolada, apesar de controlar a arritmia na maioria dos pacientes, acompanhou-se incidência inaceitável de imcopetência cronotrópica. Com o objetivo de superar este problema, a técnica original (Cox I) foi modificada duas vezes, culminando na técnica conhecida como Cox III, associada a uma maior obtençäo de ritmo regular no pós-operatório, melhor funçäo de transporte atrial, menor recorrência da arritmia e menor necessidade de implante de marcapasso definitivo. Neste artigo, säo descritas a evoluçäo e os resultados do tratamento cirúrgico da fibrilaçäo atrial