Tratamento de arritmias ventriculares em pacientes com insuficiência cardíaca
Ventricular arrhythmias treatment in patients with heart failure
REBLAMPA Rev. bras. latinoam. marcapasso arritmia; 13 (4), 2000
Publication year: 2000
A morte súbita é responsável por 20 a 80por cento da mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca. A estratificação do risco arrítmico desses pacientes, principalmente naqueles com miocardiopatia dilatada, é muito falha. Do ponto de vista terapêutico, uma série de medidas farmacológicas e não farmacológicas têm sido aplicadas, buscando a diminuição da mortalidade. Drogas antiarrítmicas do tipo I apresentam alto potencial de pró-arritmia em pacientes com disfunção ventricular, aumentando a mortalidade, e não devem ser usadas. 0 efeito real do uso empírico da amiodarona para o tratamento da insuficiência cardíaca ainda não está bem definido. Várias drogas não anti-arrítmicas mostraram diminuir a mortalidade nesses casos: inibidores da enzima de conversão, beta-bloqueadores, espironolactona. Entre as medidas não farmacológicas que vêm sendo discutidas na prevenção de morte súbita, os cardioversores- desfibrìladores implantáveis tem dado as maiores demonstrações de sucesso. Uma série de ensaios clínicos foram apresentados mostrando a diminuição das mortalidades súbita e total na prevenção primária e secundária de pacientes de alto risco. Outro método terapêutico que eventualmente pode ser usado é a ablação por radiofreqüência. Em suma, pacientes com insuficiência cardíaca são de alto risco, a estratificação de risco é falha, mas várias modalidades terapêuticas, farmacológicas e não farmacológicas, têm contribuído para a melhora nos resultados do tratamento das arritmias ventriculares e para a redução da mortalidade destes pacientes