Registro Brasileiro de Marcapasso (RBM) no ano 2001
The Brazilian Pacemaker Registry in the year 2001

REBLAMPA Rev. bras. latinoam. marcapasso arritmia; 15 (4), 2002
Publication year: 2002

O Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) é uma base de dados nacional que tem por objetivo coletar e divulgar informações relacionadas aos procedimentos para a estimulação cardíaca artificial no Brasil. Este trabalho apresenta os resultados do oitavo ano de operação do RBM, que vai de 1°de janeiro a 31 de dezembro de 2001. Neste período foram reportados 14713 procedimentos, sendo 10007 implantes iniciais (68,0 por cento) e 4706 reoperações (32,0 por cento). As informações foram enviadas por 261 hospitais e os formulários, preenchidos por 469 médicos.

A análise dos dados referentes aos implantes iniciais mostrou que:

foram implantados 4460 marcapassos ventriculares (45,8 por cento), 5205 sistemas atrioventriculares (53,5 por cento) e 68 atriais(0,7 por cento). Houve discreta predominância do sexo masculino. A análise da idade dos pacientes mostrou que 155 (1,6 por cento) apresentavam de 1 a 20 anos; 416 (4,2 por cento) de 21 a 40 anos, 1791 (17,9 por cento), de 41 a 60 anos; 5126 (51,2 por cento), de 61 a 80 anos; e 1915 (19,1 por cento) estavam acima de 81 anos de idade. Sintomas de baixo fluxo cerebral justificaram o implante de marcapasso em 7094 casis (70,9 por cento); bradicardia, em 718 (7,2 por cento); insuficiência cardíaca, em 846 (8,5 por cento); taquicardia, em 218 (2,2 por cento); e outros sintomas e sinais em 115 (1,2 por cento) pacientes. Segundo a classificação da N.Y.H.A., 695 pacientes (7,0 por cento) eram assintomáticos, 1064 (10,6 por cento) apresentavam sintomas aos grandes esforços, 3991 (39,9 por cento) eram portadores de sintomas aos pequenos e médios esforços e 3117 (31,2 por cento) apresentavam sintomas em repouso. Bloqueio atrioventricular do segundo grau foi o achado eletrocardiográfico em 1281 pacientes (12,8 por cento); bloqueio atrioventricular total, em 4590 (45,9 por cento); bloqueios fasciculares, em 301 (3,0 por cento); doença do nó sinusal, em 1558 (15,6 por cento); flütter ou fibrilação atrial com baixa resposta ventricular, em 1040 (10,4 por cento) e outros achados em 244 pacientes (2,4 por cento). Malformação congênita foi considerada a causa da bradicardia em 96 casos (1,0 por cento); etiologia desconhecida em 2391 (23,9 por cento); doença de Chagas, em 1954 (19,5por cento); fibrose do sistema de condução, em 2797 (28,0 por cento); intervenções médicas, em 291 (2,9 por cento) e outras causas em 1291 (12,9 por cento)...

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