Controle de arrtmias atriais com período refratário atrial controlado por sensor e mudança automática de modo em pacientes portadores de marcapasso dupla-câmara com sensor de ventilação por minuto
Atrial arrhythmia management with sensor controlled atrial refractory period and automatic mode switching in patients with minute ventilation sensing dual chamber rate adaptive pacemakers
REBLAMPA Rev. bras. latinoam. marcapasso arritmia; 7 (2), 1994
Publication year: 1994
Apesar de um longo período refratário atrial pós evento ventricular (PVARP) pode prevenir a ocorrência de taquicardias mediadas pelo marcapasso e também o sincronismo inapropriado com arrtmias atriais na estimulação dupla-câmara(DDD) a limitação da freqüência máxima será necessariamente comprometida. Testamos a possibilidade de utilizar um marcapasso dupla-câmara com sensor de ventilação por minuto (DDDR) e com capacidade de encurtar o PVARP durante o exercício em 13 pacientes com bradicardia (PVARP em repouso = 463 + - 29 ms) a fim de prevenir a limitação prematura da freqüência máxima. O teste de esforço em esteira nos modos DDD e DDDR com este PVARP resultou em freqüências máximas de 98 bpm + - 8 bpm e 142 bpm + - 3 bpm respectivamente (P < 0,0001). Estes resultados foram obtidos graças à incompetênciacronotrópica e à limitação da freqüência máxima no modo DDD, ambas contornadas pelo uso do sensor. Com a finalidade de simular arritmias atriais, foi aplicada estimulação na parece torácica por 30 segundos, a uma freqüência de 250 bpm e com uma sensibilidade atrial unipolar média de 0,82 mV. No modo DDD, ocorreu uma resposta ventricular irregular (as freqüências com um PVARP de 280 ms e 463 ms + - 29 ms foram respectivamente 92 bpm + - 5 bpm e 66 bpm + - 3 bpm (P < 0,0001). No modo DDDR, com PVARP de 463 ms + - 29 ms, ocorreu uma estimulação ventricular regular a 53 bpm + - 2 bpm devida à mudança de modo para VVIR, na presença de eventos repetitivos captados dentro do PVARP. Um paciente desenvolveu fibrilação atrial espontânea durante o seguimento, que foi corretamente identificada pelo algoritmo do marcapasso, resultando na mudança de modo DDDR para VVIR e na preservação da resposta em freqüência. Em conclusão, o PVARP controlado pelo sensor permite a utilização de um PVARP mais longo durante o repouso, sem comprometer a freqüência máxima durante o exercício. Adicionalmente, ao oferecer em proteção contra retrógrada, o PVARP longo e a mudança automática de modo também limitam a freqüência durante as arritmias atriais, permitindo uma resposta ventricular de acordo com a demanda fisiológica...