O significado do cuidado para a família na reabilitação psicossocial do doente mental: uma revisão teórica
The meaning of care for the family in mental patients´psychosocial rehabilitation: a theoretical review
El significado del cuidado para la familia en la reabilitación psicosocial del enfermo mental: una revisión teórica
REME rev. min. enferm; 8 (1), 2004
Publication year: 2004
Este ensaio se propõe realizar uma revisão teórica sobre o significado do cuidado para o familiar na reabilitação psicossocial do doente mental, como um processo que promove habilidades e autonomia, mas, também, reforça e cria formas de exclusão e desabilitação social na medida em que passa a ser mediado pelo desejo do outro. As autoras discutem que o ato de cuidar adquire características diferentes em cada sociedade e é determinado por fatores sociais, culturais e econômicos. A superação da representação social, que exclui as famílias do cuidado prestado ao doente mental, é um dos desafios a serem trabalhados para a reversão do modelo manicomial de atendimento. A inserção dos familiares e usuários no novo modelo de atenção à saúde mental possibilitará que a tarefa do cuidado e da assistência ao doente mental seja compartilhada entre esses atores, fazendo com que os mesmos passem a ocupar um lugar muitas vezes delegado aos profissionais e às instituições psiquiátricas
This essay attempts to carry out a theoretical review of the meaning of care for the family in mental patients' psychosocial rehabilitation, either as a process which promotes skills and autonomy or as a process that reinforces and creates forms of social exclusion and loss of autonomy since it goes through another person's desire. The authors discuss how the act of caring takes different characteristics in each society and is determined by social, cultural and economic factors. Overcoming social representation, which excludes the families from the care provided to mental patients, is one of the great challenges to be faced in order to reverse the institutional model of care. The insertion of family and users into the new model of mental health care will allow for the sharing of mental patients' care and assistance among these actors to the extent that they may take a place often designated for professionals and psychiatric institutions
Este estudio se propone realizar una revisión teórica del significado del cuidado para la familia en la rehabilitación psicosocial del enfermo mental, en sí un proceso que promueve habilidades y autonomía. Sin embargo, también puede reforzar y crear formas de exclusión e incapacidad social en los enfermos ya que pasa a ser mediado por el deseo del otro. Las autoras discuten que el acto de cuidar adquiere características diferentes en cada sociedad y está determinado por factores sociales, culturales y económicos. La superación de la representación social, que excluye a las familias del cuidado prestado al enfermo mental, es uno de los grandes desafíos a ser trabajados para revertir el modelo manicomial de atención. La inserción de los familiares y usuarios en el nuevo modelo de atención a la salud mental permitirá que la tarea del cuidado y de la asistencia al enfermo mental sea compartida entre estos actores, haciendo que los mismos pasen a ocupar un lugar muchas veces delegado a los profesionales y a las instituciones psiquiátricas