Relação entre controle e tratamento medicamentoso de pacientes atendidos pelo programa de hipertensão arterial em uma unidade primária do rio de janeiro
Relationship between Control and Drug Therapy among Patients Followed by the Arterial Hypertension Program in a Primary Care Unit of Rio de Janeiro

Rev. APS; 14 (4), 2011
Publication year: 2011

O estudo pretendeu avaliar o controle da hipertensãoarterial sistêmica em pacientes de uma unidade de saúdebásica do Município do Rio de Janeiro, acompanhadospor um grupo de médicos, enfermeiros e nutricionistas,em esquema de rodízio; e aqueles assistidos apenas pormédicos, durante 5 anos, e verificar a relação com a gravidadeda doença e o tratamento medicamentoso realizado.Os participantes foram selecionados aleatoriamente paracada grupo após a confirmação do diagnóstico com duasaferições da pressão arterial (PA) superiores ao limite propostopelo Programa Nacional de Controle da HipertensãoArterial - pressão arterial sistólica (PAS) ?140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) ? 90mmHg.

Foramestudados os seguintes dados:

sexo, idade, escolaridade,PA inicial, PA final e medicamentos utilizados, após cincoanos de acompanhamento. Os grupos eram homogêneose comparáveis quanto à idade (p=0,20), à escolaridade(p=0,17), ao sexo (p=0,89), à PAS inicial (p=0,23) e à PADinicial (p=0,11). Na admissão, predominaram pacientescom hipertensão controlada e com hipertensão moderadano grupo A (atendimento médico isolado); enquanto nogrupo B (atendimento em rodízio de profissionais) concentravam-se os pacientes com hipertensão leve e severa.Em ambos os grupos, havia predomínio do uso de doisou mais medicamentos, não havendo diferença significativanas frequências de distribuição (p=0,37). Embora emambos os grupos a queda da PA tenha sido significativa(p< 0,0001), houve maior redução da PAS (p=0,004) e daPAD (p=0,0007) no grupo B do que no grupo A. Emborahouvesse, na admissão, mais pacientes com HAS controladano grupo A (26,7%) em relação ao grupo B (8,65%), ao finaldo estudo, o controle da HAS foi maior no grupo B (45%)do que no grupo A (30%) (p=0,05). A abordagem adotadano grupo B foi capaz de induzir um melhor controle daHAS e esse fato não pôde ser atribuído à menor gravidadedos pacientes ou ao maior número de drogas utilizadas.

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