Perfil sociodemográfico de idosos frágeis institucionalizados em Juiz de Fora - Minas Gerais
Socio-demographic Profile of Frail Institutionalized Elderly in Juiz de Fora - Minas Gerais
Rev. APS; 15 (2), 2012
Publication year: 2012
O objetivo deste estudo foi identificar o perfil sociodemográfico de idosos frágeis institucionalizados em Juiz de Fora - MG. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, que envolveu 122 idosos frágeis, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, residentes em sete instituições de longa permanência para idosos particulares do município. Foi utilizado, para coleta de dados, um questionário sobre aspectos sociodemográficos, econômicos e hábitos de vida, preenchido com o auxílio dos responsáveis técnicos pelas instituições. Realizou-se também a consulta nas fichas pessoais e de receituários dos idosos. Foi realizada a análise estatística descritiva dos dados com o auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 14.0. Obteve-se que 68,0% dos idosos eram do sexo feminino, 55,7% possuía 80 anos ou mais, 50,8% eram viúvos, 63,1% tinham filhos e 81,1% possuíam algum familiar residente na cidade. O principal motivo da institucionalização foi por opção da família, que costumava visitar regularmente 95,1% dos idosos. Constatou-se que 54,9% dos idosos eram aposentados e 68,9% possuíam plano de saúde. A prática de atividades físicas e recreativas era pouco frequente nas instituições. Quanto ao uso de medicamentos, 67,2% utilizavam cinco ou mais. Essas constatações sinalizam vários aspectos importantes que espelham algumas precariedades das ILPI, as quais oferecem poucas alternativas de ocupação aos idosos frágeis e demonstram a necessidade de implantação de ações com vistas a promover mudanças que contribuam para melhoria da qualidade de vida do idoso.
The aim of this study was to identify the socio-demographic profile of frail institutionalized elderly in Juiz de Fora - MG. It is a transversal, descriptive, and observational study that involved 122 frail elderly, of both genders, aged 60 or older, residents of seven privately-operated homes for the aged in the city. A questionnaire with socio-demographic, economic, and lifestyle related questions was used to collect the information, gathered with staff help. Personal histories and prescriptions were also consulted. These data were analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 14.0. The results showed that 68.0% were female, 55.7% were 80 or older, 50.8% were widowed, 63.1% had children, and 81.1% had a relative living in the city. The main reason for institutionalization was decision by family, who customarily visited regularly 95.1% of the elderly. It was found that 54.9% of the elderly were retired and 68.9% had health insurance. As for medication use, 67.2% used five or more medicines. These results point to a number of important aspects that show how precarious these institutions are, which offer few occupational choices to the frail elderly and clearly require changes to improve the quality of life for the aged.