O sobrepeso e a obesidade infantil são um problema crescente entre os brasileiros que deve ser tratado regionalmente e considerando as características físicas e culturais da população estudada. O presente estudo investigou o perfil socioeconômico, características antropométricas e os hábitos alimentares de 47 escolares de 6 a 10 anos matriculados em uma escola municipal localizada em uma região periférica e de baixo padrão socioeconômico em Montes Claros, no estado de Minas Gerais. A partir dos dados antropométricos, foram obtidos indicadores de peso por idade, altura por idade e índice de massa corporal por idade. Um questionário de frequência alimentar (QFA) foi aplicado aos pais ou responsáveis para determinar o perfil socioeconômico e os hábitos alimentares dos estudantes. A maioria das famílias era de baixa renda e baixa escolaridade. Mais de 20% dos alunos tinham sobrepeso ou obesidade. O QFA detectou um desequilíbrio na dieta das crianças, com baixo consumo de frutas e hortaliças e alta ingestão de alimentos ricos em carboidratos simples, lipídeos e açúcares. Os resultados sugerem que esse desequilíbrio nutricional esteja relacionado à falta de educação alimentar e contribuiu para incidência de sobrepeso e obesidade nos estudantes avaliados.