A fim de integrar a prática da atividade física à educação nutricional, foi realizado um estudo de intervenção com usuários hipertensos praticantes de Lian Gong de uma Unidade Básica de Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. A intervenção contemplou seis encontros, em três meses, com duração de trinta minutos cada. Dos encontros, quatro foram destinados à abordagem educativa no tocante à alimentação, à atividade física e à hipertensão arterial. Já o restante (1º e o último encontro) abrangeu avaliação antropométrica (peso, estatura e circunferências) e alimentar (questionário) dos participantes. Adicionalmente, aplicou-se, ao final da intervenção, um questionário para averiguar mudanças nos modos de vida dos usuários. Quinze usuários participaram do estudo, 73,3% do sexo feminino, com média de idade de 53,3± 10,3 anos. Os participantes adultos (n=11) e 83,2% dos participantes idosos apresentavam excesso de peso. Após intervenção, verificou-se redução de circunferência de cintura (90,38 ± 8,15cm; 89,00 ± 8,26cm; p= 0,001) e da Relação Cintura Quadril (0,89 ± 0,04; 0,87 ± 0,04; p= 0,001) entre os participantes. Observou-se, ainda, aumento significativo do consumo de verduras e legumes (p=0,04) e redução do hábito de trocar almoço/jantar por lanches (p= 0,049). A maioria dos participantes (83,3 %) informou ter realizado alguma alteração no hábito alimentar e apresentado melhoria da qualidade de vida após intervenção. Os achados demonstram que, apesar do curto período, a intervenção nutricional favoreceu a modificação da alimentação e da qualidade de vida dos integrantes do grupo estudado, denotando a importância de ações educativas na atenção primária à saúde.