O uso de práticas complementares por uma equipe de saúde da família e sua população
Complementary Pratical use for a Primary Health Care Team and your population

Rev. APS; 15 (4), 2012
Publication year: 2012

Considerando os preceitos da Política Nacional de Atenção Básica, do desenvolvimento de ações em saúde relacionadas à prevenção e promoção da saúde, e reafirmando os princípios do SUS de integralidade, resolutividade, vínculo, continuidade, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares foi proposta para a busca de uma ampliação das possibilidades do cuidado. No entanto, após quase cinco anos de sua publicação, no cotidiano profissional e dos serviços essas práticas ainda são incipientes. Este trabalho objetivou investigar o uso de práticas complementares por uma comunidade pertencente à área de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família, assim como a visão dos profissionais ali atuantes. A opção foi pela pesquisa qualitativa, com coleta de dados, por meio de entrevista semi-estruturada junto aos participantes. Para análise dos resultados se utilizou da técnica de análise de conteúdo proposto por Bardin. Os resultados apontam para o uso, pela maioria dos participantes pertencentes à população do território de práticas relacionadas às plantas medicinais, com uma forte influência do conhecimento advindo da tradição familiar. Quanto aos profissionais não há ocorrência do uso freqüente das terapias complementares, bem como a aproximação com o tema e prática do mesmo é inócua. Conclui-se que há necessidade em se proporcionar uma ampla aproximação dos profissionais junto à política destas práticas, com vistas ao amadurecimento para a inclusão destas nos serviços do SUS.
According to the precepts of the Politics of the National Primary Care, development of public health efforts related to prevention and health promotion, and reaffirming the principles of SUS, integrated, problem solving, commitment, continuity, the National Politics on Integrative and Complementary Practices (PNPIC), was thought the search for an expansion of opportunities for care. But after nearly five years of publication of this politics, not found in everyday services such practices entered. This study aimed to investigate the use of complementary practices in a community belonging to the area covered by a Family Health Unit and also the view of professionals. Qualitative research which was conducted semi-structured interviews with participants and used the technique of content analysis to analyze and discuss. It was found the use by populations practices related mainly medicinal plants, and this knowledge came mostly from family tradition. However no indication was found frequently by professionals of complementary therapies, they also bring little or no approach to the subject. Thus demonstrating the need for disclosure of PNPIC and discussions about the possibility of inclusion in SUS services.

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