A partir de experiência realizada por acadêmicas do curso de enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, com adolescentes do sexo feminino, em uma escola da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, pertencente ao Distrito Sanitário Barreiro, é que se evidenciaram, na roda de conversa, algumas questões importantes quanto ao desenvolvimento da sexualidade na adolescência, especificamente do gênero feminino, e suas implicações de caráter negativo no vivido pelas adolescentes, tal como a gravidez precoce. Esse tema foi sinalizador da necessidade de intervenção que foi percebida por profissionais da escola em que se deu tal estudo. Esse estudo possibilitou ampliar olhares e perceber que realmente existem modos diversos de viver a sexualidade. Constatou-se que a diversidade de gênero interfere nos modos de viver a sexualidade e deve ser considerada nos modos de abordar os adolescentes. Há também outros fatores fundamentais a serem levados em conta na perspectiva de que ações educativas tenham maior efetividade na construção de sujeitos-adolescentes críticos e autônomos, tais como a abordagem de suas relações interpessoais significativas. A soma de esforços entre os profissionais da saúde e educação revelou-se fundamental, assim como o encontro com os adolescentes nesse espaço tão propício. Percebeu-se a necessidade de solidificação de vínculo e, para que isto aconteça, o profissional de saúde, especificamente o enfermeiro, deverá fazer parte desse cuidado integral na perspectiva de educação em saúde.