Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 40 (1), 1994
Publication year: 1994
OBJETIVO:
Apresentar dados epidemiológicos sobre o tratamento de pacientes com insuficiência renal terminal na Grande Säo Paulo. MATERIAL E MÉTODOS:
Pacientes em diálise na Grande Säo Paulo distribuídos em 15 Escritórios Regionais de Saúde (ERSAs), durante o ano de 1991. Dados coletados pela Secretaria de Saúde do Estado. RESULTADOS:
Houve aumento de 18,6 por cento no número de pacientes vivos em diálise de 1/janeiro a 31/dezembro (n=2.425 a 2.875). Os pacientes estavam distribuídos em 40 centros de diálise, dos quais 25 estavam localizados apenas nos ERSAs 1,2 e 3. Dependendo do ERSA, uma percentagem variável de 37 por cento a 88 por cento dos pacientes näo residiam na regiäo de tratamento. Ao final do ano, 79 por cento dos pacientes estavam em hemodiálise, 15 por cento em diálise ambulatorial peritoneal contínua e 6 por cento em diálise peritoneal intermitente. Os diagnósticos mais freqüentemente reportados de doença de base foram:
indeterminado, glomerulonefrite, hipertensäo e diabetes (36 por cento, 27 por cento, 17 por cento e 8 por cento, respectivamente). Iniciaram tratamento dialítico durante o ano, 1.483 casos novos, correspondendo à incidência de 83 pacientes por milhäo da populaçäo (PMP). A prevalência de pacientes em tratamento dialítico no meio do ano foi de 148 pmp. A taxa de fatalidade anual global foi de 17,2 pacientes em cada 100 pacientes em diálise (variaç o nos ERSAs: 12,0-32,5). A sobrevida atuarial dos pacientes que iniciaram tratamento em 1991 foi de 80,2 por cento ao final do primeiro ano. Receberam transplante renal 246 pacientes, correspondendo à taxa de 14 transplantes por milhäo da populaçäo. CONCLUSOES:
Em geral, a assistência prestada através de tratamento dialítico na Grande Säo Paulo é satisfatória. Há desigualdades em relaçäo à assistência nos diferentes ERSAs e que devem refletir na distribuiçäo de hospitais de atendimento terciário na regiäo.