OBJETIVO. Estabelecer, em portadores de doenças tiroidianas, a importância da inclusäo em parafina, no diagnóstico de punçäo biópsia aspirativa com agulha fina (PBAAF), comparando seus resultados com aqueles obtidos por meio do esfregaço citológico convencional. METODOS. Foram analisados 100 aspirados de tiroidopatias e comparados os resultados fornecidos por esta técnica com aqueles obtidos por meio de esfregaços citológicos convencionais. Em nove casos, foi ainda possível cotejar estes resultados com os dados anatomopatológicos de peça cirúrgica. RESULTADOS. Em 93 dos 100 aspirados, pôde-se estabelecer, por meio da PBAAF com pelo menos uma das técnicas empregadas, a natureza da doença. Em quatro dos casos, a tiroidopatia foi diagnosticada somente pela análise do esfregaço, em 17 exclusivamente no material incluído e em 72 pelas duas técnicas (inclusäo e esfregaço, associadamente. Em 63 destes últimos 72 casos, o diagnóstico foi o mesmo, tanto no esfregaço como na inclusäo; nos restantes nove casos, os resultados no esfregaço divergiram dos obtidos na inclusäo. Em 70 das 100 PBAAF, o diagnóstico foi idêntico, independentemente de ser conclusivo ou inconclusivo. A natureza da doença teria sido estabelecida em 95,7 por cento dos casos, se se tivesse empregado como meio diagnóstico unicamente a técnica da inclusäo. Por outro lado, exclusivamente com esfregaços citológicos, ter-se ia uma percentagem de diagnóstico de 81,7 por cento. O estudo estatístico indica que a técnica de inclusäo em parafina levou a uma proporçäo de resultados conclusivos maior que a do esfregaço. CONCLUSäO. Os achados mostram que para diagnóstico das tiroidopatias por meio da PBAAF, sempre que possível, deve-se empregar, associadamente, as técnicas da inclusäo do aspirado e do esfregaço citológico convencional