Infecçäo entérica por Escherichia coli enteropatogênica clássica (EPEC) pode causar diferentes graus de alteraçöes das vilosidades do intestino delgado.OBJETIVOS.

Este estudo teve por objetivo:

1) avaliar as alteraçöes morfológicas da mucosa intestinal na diarréia aguda por EPEC, por meio da morfometria linear, e compará-la a um grupo controle; 2) comparar o número de LIE encontrado na diarréia aguda e/ou persistente por EPEC com aqueles encontrados no grupo controle; 3) pesquisar a presença de E. coli aderida à mucosa do intestinodelgado naquelas crianças que apresentaram diarréia com coprocultura positiva para EPEC. PACIENTES E MÉTODOS. Foram analisados 30 biópsias da mucosa do intestino delgado de crianças com diarréia aguda e/ou persistente, com coprocultura positiva para EPEC e 16 biópsias obtidas da mucosa do intestino delgado de crianças portadoras de enteropatia ambiental assintomática, que constituíram nosso grupo controle.

Foram realizadas as seguintes análises morfométricas:

RESULTADOS: Espessura total mucosa µ EPEC=279,6 EAA=445,1 p<0,001; Altura vilosidade µ EPEC 134,3 EAA 248,0 p<0,001; Extensäo da zona críptica µ EPEC 145,2 EAA 197,1 p<0,02; linfócitos intra-epiteliais EPEC 11,6 EAA 15,5 p<0,005. CONCLUSÄO. Presença de bactéria gram-negativa, portanto, provavelmente, EPEC, foi constatada em três dos 30 pacientes com diarréia, apresentando coprocultura positiva para EPEC. As alteraçöes morfométricas ocorrem, principalmente, às custas da diminuiçäo das visolidades intestinais.