Os valores das dosagens de T3 e de T4 diferenciaram os pacientes com boa e ma evoluçao durante a internaçao em unidade de terapia intensiva. Objetivo. Procurar indicadores para o prognóstico de doentes graves por meio do estudo seqüencial dos níveis séricos dos hormonios tiroidianos. Métodos. Os autores mediram as iodotironinas (T3, T4 e rT3) por ocasiao da entrada e da alta de 42 pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Verificaram, também, os dados referentes à última coleta de outros 17 doentes, transferidos para a UTI após o início do quadro clínico. Resultados. Comparando pacientes que evoluíram bem com aqueles que foram a óbito, observaram, nos primeiros, níveis iniciais normais de T4 em 76 por cento dos casos, valores que se mantiveram estaveis ou se elevaram em 65 por cento dos pacientes durante a internaçao, de tal forma que níveis normais de T4 estavam presentes em 70 por cento dos casos por ocasiao de sua alta. Ao contrario, 56 por cento dos pacientes que evoluíram mal ja apresentavam T4 inicial baixo, que diminuiu ainda mais de 95 por cento dos pacientes durante a internaçao, notando-se valores baixos em 81 por cento dos casos por ocasiao da ultima amostra. Os valores de T3 e T4 em conjunto também diferenciaram os pacientes com boa e m evoluçao. Conclusao. Os autores sugerem que a observaçao dos níveis séricos das iodotironinas pode oferecer importante subsídio na avaliaçao prognóstica de doentes em estado grave.