Padräo de sensibilidade de 117 amostras clínicas de Staphylococcus aureus isoladas em 12 hospitais
Sensitivity pattern of 117 clinical isolates of Staphylococcus aureus from 12 hospitals
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 43 (3), 1997
Publication year: 1997
OBJETIVO. Avaliar o padräo de sensibilidade in vitro de amostras clínicas de Staphylococcus aureus sensíveis (ossa) e resistentes à oxacilina (ORSA) a outros antimicrobianos que podem ser utilizados no tratamento de infecçöes estafilocócicas. MATERIAL E MÉTODO. Foram analisadas 117 amostras clínicas de S. aureus isoladas em vários hospitais de Säo Paulo. Também foram incluídas amostras isoladas em Campinas, SP, e Joäo Pessoa, PB. A avaliaçäo da sensibilidade in vitro aos antimicrobianos foi realizada pela técnica de microdiluiçäo em caldo, utilizando os procedimentos preconizados pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Foi avaliada a concentraçäo inibitória mínima (MIC) para 24 antimicrobianos da classe dos beta-lactâmicos, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos, glicopeptídeos, macrolídeos, lincosaminas e estreptograminas. Foram avaliadas tanto drogas disponíveis comercialmente quanto as que ainda se encontram em fase de pesquisa. A resistência cruzada entre dez fluoroquinolonas foi avaliada em 24 amostras. RESULTADOS. Os glicopeptídeos, o RP-59500 e a mupirocina foram os antimicrobianos que apresentaram maior atividade in vitro contra amostras de ORSA (100 por cento sensibilidade). Oitenta e sete por centro das amostras de OSSA foram sensíveis à ciprofloxacina (MIC50, 0,25 mug/mL), enquanto que, para os ORSA, a sensibilidade foi de apenas 38 por cento (MIC50 > 4mug/mL). A resistência cruzada pra as fluoroquinolonas foi observada mesmo para drogas nÒo disponíveis comercialmente. As fluoroquinolonas que permaneceram ativas contra amostras resistentes à ciprofloxacina (clinafloxacina e WIN-57.273) apresentaram MICs 8 a 64 vezes mais elevados que as amostras sensíveis à ciprofloxacina, sugerindo que, quando lançadas na prática clínica, esses MICs possam se elevar ainda mais, inviabilizando o uso clínico desses compostos. CONCLUSÃO. Os resultados do presente estudo mostraram uma alta taxa de resistência a antimicrobianos das amostras de S. aureus nos hospitais do Brasil, restando poucas opçöes para o tratamento de infecçöes causadas por ORSA.
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