Indicadores imunológicos (IgM e proteína C-reativa) nas infecçöes neonatais
Immunological indicators (IgM and C-reactive protein) in neonatal infections

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 44 (3), 1998
Publication year: 1998

A sepse, no período neonatal, está associada com a presença de fatores de risco para infecçao e com o estado imunológico do recém-nascido. Objetivo. Verificar, em recém-nascidos com fatores de risco para infecçao, o papel da proteína C reativa (PCR) e da imunoglobulina M (IgM) como indicadores de infecçao. Casuística e Metodologia. Foram estudados 57 recém-nascidos que apresentavam, como fatores de risco para infecçao: ruptura prematura de membranas, associada ou nao a amniotite clínica ou a infecçao de trato urinário. Estes foram classificados em três grupos, de acordo com a idade gestacional <34 semanas, entre 34-36 6/7 semanas e (>37 semanas). O diagnóstico de infecçao foi baseado em critérios clínicos e laboratoriais, e foram incluídos entre os métodos de diagnóstico e dosagem de PCR e de IgM. Os exames laboratoriais foram colhidos ao nascimento e no quinto dia de vida. Resultados. Dos 57 recém-nascidos estudados, 18 (31,5 por cento) apresentaram sepse, sendo 13 (22,8 por cento) a forma precoce e cinco (8,7 por cento) a forma tardia. Houve associaçao estatisticamente significante entre idade gestacional, peso e presença de infecçao, constituindo o grupo com idade gestacional inferior a 34 semanas o mais acometido e o que apresentou também maior número de óbitos relacionados com o processo infeccioso. Nao se observou associaçao estatisticamente significante entre sexo e infecçao nos três grupos estudados. Em relaçao à IgM, houve diferença estatisticamente significante entre níveis séricos médios de IgM dos RNs infectados que se mostraram superiores aos dos nao-infectados nos três grupos de idade gestacional, tanto ao nascimento como no quinto dia, sendo esta diferença mais evidente no quinto dia. Constatou-se forte associaçao estatística entre níveis de PCR > 10mg/litro e presença de infecçao nos três grupos estudados. Conclusoes. Nesta casuística, a PCR foi o melhor indicador de infecçao, revelando-se esta prova confiável para seguimento clínico no quinto dia de vida, e naqueles casos que apresentaram infecçao tardia foi a primeira prova a se mostrar alterada.

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