Aguas minerais de algumas fontes naturais brasileiras
Mineral waters from Brazilian natural sources

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 45 (3), 1999
Publication year: 1999

Paciente de litíase renal é estimulado a aumentar a ingestão hídrica, principalmente na forma de água tratada da torneira, pela irrelevante biodisponibilidade de mineerais em sua composição. O benefício é atribuído à redução da saturação dos sais urinários. Não está claro se as águas minerais naturais comercialmente disponíveis também é benéfica. Objetivo. Divulgar as informações sobre as características químicas e físico-químicas de águas minerais naturais de algumas das diversas fontes brasileiras. Essas informações serão de utilidade na análise de protocolos de pesquisa e na orientação do paciente. Métodos. Foi feito uma coletânea das informações que constam nos rótulos de garrafas de águas minerais naturais, predominantemente não-gasosas, acessíveis ao consumo carioca. A partir da composição salina provável, foi calculada a concentração iônica de cada mineral. Resultados. Foram estudadas as informações de 36 fontes situadas em alguns estados brasileiros. O pH, a 25 graus Celsius, variou de 4,1 a 9,3 na dependência da fonte e foi linearmente correlacionando com as concentrações dos cátions cálcio, magnésio, sódio e do anion bicarbonato. Isto foi atribuído à alta alcalinidade desses sais, que contêm cerca de 70 por cento de bicarbonato na molécula. Os teores de cálcio (0,3 a 42 mg/l), de magnésia (0,0 a 18 mg/l) e de bicarbonato (4 a 228 mg/l) foram considerados relativamente baixos. Conclusão. O teor mineral das fontes brasileiras que compuseram esse levantamente é baixo, com cerca de 70 por cento delas apresentando teores de cálcio e de magnésio abaixo de 10 mg/l e 1 mg/l, respectivamente, semelhantes ao da água tratada da torneira.

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