Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 62 (4), 2016
Publication year: 2016
Summary Objective:
Evaluation of the presence of symptoms and suitability in the treatment of patients admitted to medical wards at HU-UFSC. Identification of patients eligible for palliative care (PC). Method:
A prospective cohort study, which evaluated patients in the first 48 hours of hospitalization (D1) and after 48 hours (D2). On D1, palliative performance and symptom assessment scales were applied (PPS/ESAS). The treatment established for the control of detected symptoms was also identified. On D2, the ESAS scale was applied again, and the medical prescription reviewed. When the presence of severe symptoms was found, the attending physician was informed. Patients who presented PPS≤60 were eligible for PC prioritization. For statistical analysis Student’s t and χ2 tests were used. Results:
168 patients were studied. Of these, 26.8% had PPS≤60. PC was described in one medical chart. Patients with mild symptoms reported significant worsening in the second evaluation, especially worsening in pain (32.3%) and well-being (49.3%). Symptoms considered severe showed significant improvement. There was no control of pain reported as moderate. Prescriptions for pain control were predominantly “if necessary”, prevailing the use of non-opioid analgesics and weak opioids. The attending physician was informed of 116 (69%) patients with ESAS score≥4. Conclusion:
The control of symptoms, especially those considered mild, was unsatisfactory. Drug prescription was inadequate to control pain, and non-existent for some reported symptoms. There was no adequate prioritization of PC. There is a need for optimization and dissemination of PC among health professionals.
Resumo Objetivo:
avaliação da presença de sintomas e adequabilidade do tratamento nos pacientes internados nas enfermarias clínicas do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC). Verificação dos pacientes elegíveis para cuidados paliativos (CP). Método:
estudo de coorte prospectivo que avaliou pacientes nas primeiras 48 horas da internação (D1) e após 48 horas (D2). No D1, foram aplicadas escalas de performance paliativa e de avaliação dos sintomas (PPS/ESAS). Também verificou-se o tratamento estabelecido para o controle dos sintomas detectados. No D2, a ESAS foi reaplicada, sendo revisada a prescrição médica. Quando constatada a presença de sintomas graves, o médico assistente foi informado. Foram elegíveis para a priorização de CP os pacientes que apresentaram PPS≤60. Para a análise estatística, foram utilizados os testes T de Student e χ2. Resultados:
foram estudados 168 pacientes, dos quais 26,8% tinham uma PPS≤60. CP foram descritos em um prontuário. Os doentes com sintomas leves referiram piora significante na segunda avaliação, destacando-se piora da dor (32,3%) e do bem-estar (49,3%). Os sintomas considerados graves apresentaram melhora significante. Não houve controle da dor relatada como moderada. As prescrições para o controle da dor eram predominantemente “se necessário”, prevalecendo o uso de analgésicos não opioides e opioides fracos. O médico assistente foi informado sobre 116 (69%) pacientes com ESAS≥4. Conclusão:
o controle dos sintomas, principalmente os leves, foi insatisfatório. A prescrição médica foi inadequada para o controle da dor e inexistente para alguns sintomas referidos. Não houve priorização adequada dos CP. Há necessidade de otimização e divulgação dos CP entre profissionais da saúde.