Day hospital and psychosocial care center: Expanding the discussion of partial hospitalization in mental health
Hospital-dia e Centro de Atenção Psicossocial: ampliando o debate da internação parcial em saúde mental

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 62 (4), 2016
Publication year: 2016

Summary Introduction:

Since the second half of the twentieth century the discussions about mental patient care reveal ongoing debate between two health care paradigms: the biomedical/biopsychosocial paradigm and the psychosocial paradigm. The struggle for hegemony over the forms of care, on how to deal optimally with the experience of becoming ill is underpinned by an intentionality of reorganizing knowledge about the health/disease dichotomy, which is reflected in the models proposed for the implementation of actions and services for the promotion, prevention, care and rehabilitation of human health.

Objective:

To discuss the guidelines of care in mental health day hospitals (MHDH) in contrast to type III psychosocial care centers (CAPS III).

Method:

Review of mental health legislation from 1990 to 2014.

Results:

A definition of therapeutic project could not be found, as well as which activities and techniques should be employed by these health services.

Conclusion:

The MHDH and PCC III are services that replace psychiatric hospital admission and are characterized by their complementarity in the care to the mentally ill. Due to their varied and distinctive intervention methods, which operate synergistically, the contributions from both models of care are optimized. Discussions on the best mental health care model reveal polarization between the biomedical/biopsychosocial and psychosocial paradigms. This reflects the supremacy of the latter over the former in the political-ideological discourse that circumscribes the reform of psychiatric care, which may hinder a better clinical outcome for patients and their families.

Resumo Introdução:

desde a segunda metade do século XX, as discussões em torno da assistência ao doente mental revelam o debate, ainda inacabado, entre dois paradigmas de atenção à saúde: o paradigma biomédico/biopsicossocial e o paradigma psicossocial. A luta pela hegemonia sobre as formas do cuidado, sobre a melhor maneira de lidar com a experiência do adoecimento, subjaz a uma intencionalidade de reorganização dos saberes sobre o binômio saúde/doença, que se reflete nos modelos propostos para a execução das ações e serviços de promoção, prevenção, assistência e reabilitação da saúde humana.

Objetivo:

problematizar as diretrizes do cuidado do Hospital-dia em Saúde Mental (HDSM) em contraste com o Centro de Atenção Psicossocial tipo III (CAPS III).

Método:

revisão da legislação em saúde mental entre 1990-2014.

Resultados:

não foi encontradas a definição de projeto terapêutico e as atividades e técnicas que devem ser empregadas por esses serviços de saúde.

Conclusão:

o HDSM e o CAPS III são serviços substitutivos à internação hospitalar psiquiátrica que se caracterizam pela complementaridade na atenção ao doente mental. Pelos seus variados e distintos métodos de intervenção, em ação sinérgica, potencializam-se com as contribuições tanto de um modelo quanto do outro modelo de atenção. As discussões em torno do melhor modelo de atenção em saúde mental mostram-se polarizadas entre os paradigmas biomédico/biopsicossocial e psicossocial, condição que reflete a supremacia do segundo sobre o primeiro no discurso político-ideológico que circunscreve a reforma da assistência psiquiátrica, fato que pode prejudicar o desfecho clínico para o paciente e sua família.

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