Epidemiological profile and prognostic factors in patients with lung cancer
Perfil epidemiológico e fatores prognósticos em pacientes com câncer de pulmão

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 62 (5), 2016
Publication year: 2016

SUMMARY Objective:

To describe the epidemiological profile of patients with lung cancer treated at a public tertiary referral hospital specializing in oncology, and to explore variables that may be related to the overall survival (OS) of these patients.

Method:

Data from the medical records of all patients with invasive lung cancer consecutively seen at the Oncology Department of Hospital Estadual Mário Covas between August 2008 and December 2013 were extracted. The information obtained was submitted to statistical analysis.

Results:

Of the total 210 patients, 39 were excluded from analysis due to lack of information in the medical record. The most common histological type was adenocarcinoma, representing 39.41% of the sample, followed by squamous cell carcinoma with 25.29% and small-cell carcinoma with 13.53%. Other histological types were responsible for the remaining 21.76%. There was a statistically significant association between Karnofsky performance status (KPS) ≤ 70%, palliative chemotherapy lines performed and stage at diagnosis, and OS. Additionally, administration of target therapy to patients with EGFR mutation was associated with significantly better overall survival. However, analysis of laboratory variables (hemoglobin, albumin and LDH) as possible prognostic factors for survival showed no statistically significant relationship. Among patients with stage III and IV, the median OS was 10.1 months.

Conclusion:

The risk factors for shorter OS were KPS score ≤ 70%, less than two lines of palliative chemotherapy, and stage III and IV at diagnosis. The implementation of CT screening for risk patients may allow earlier diagnosis of cases and improve these results.

RESUMO Objetivo:

traçar o perfil epidemiológico de pacientes com câncer de pulmão atendidos em hospital público terciário de referência em oncologia e explorar variáveis que possam estar relacionadas com a sobrevida global (SG) desses pacientes.

Método:

foram extraídos dados dos prontuários de todos os pacientes com câncer de pulmão invasivo, entre agosto de 2008 e dezembro de 2013, atendidos consecutivamente no Serviço de Oncologia do Hospital Estadual Mário Covas. As informações obtidas foram submetidas à análise estatística.

Resultados:

do total de 210 pacientes, 39 foram excluídos da análise pela ausência de informações no prontuário. O tipo histológico mais frequente foi o adenocarcinoma, representando 39,41% da amostra, seguido do carcinoma espinocelular com 25,29% e de pequenas células com 13,53%. Outros tipos histológicos foram responsáveis pelos 21,76% restantes. Houve associação com significância estatística entre KPS ≤ 70%, linhas de quimioterapia paliativa realizadas e estágio ao diagnóstico com SG. A administração de terapia-alvo direcionada para pacientes com mutação do EGFR foi significativamente associada à melhor SG. A análise das variáveis laboratoriais (hemoglobina, albumina e desidrogenase lática – DHL) como possíveis fatores prognósticos de sobrevida não mostrou relação estatisticamente significativa. Entre os pacientes em estágio III e IV, a SG mediana foi de 10,1 meses.

Conclusão:

os fatores de risco para menor SG foram KPS ≤ 70%, menos de duas linhas de quimioterapia paliativa e estágios III e IV ao diagnóstico. A implementação do rastreamento tomográfico de pacientes de risco poderá permitir o diagnóstico mais precoce e a melhora desses resultados.

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