Vinte pacientes portadores de carcinomas do esôfago ou junçäo esofagogástrica foram submetidos a tratamento paliativo com a interposiçäo do tubo gástrico. A confecçäo do tubo inicia-se a 3 cm do piloro, seccionando-se todas as camadas da parede gástrica, em direçäo ao fundo, mantendo intactas a artéria e veia gastroepiplóicas direitas. O tubo gástrico é fechado através de sutura contínua seromuscular extramucosa com fio monofilamentar (000) e anastomosado ao esôfago cervical. A esofagectomia sem toracotomia foi realizada em sete pacientes, mas sem finalidade curativa. Três pacientes apresentavam previamente fístula esofagobrônquica. Apesar de os pacientes encontrarem-se debilitados pela doença a cirurgia foi bem tolerada. Ocorreram dois óbitos no pós-operatório imediato (10%). A incidência de fístulas cervicais foi de 40%, semelhante à da literatura consultada. A sobrevida média foi de 8,5 meses, e neste período os doentes ingeriam alimentos pastosos ou sólidos