O presente estudo tem por finalidade expor e analisar os resultados obtidos com as primeiras 247 colecistectomias vídeo-laparoscópicas realizadas de março de 1991 a janeiro de 1993 em nosso serviço de Cirurgia no Hospital Centro Médico de Campinas. Todos os pacientes portadores de colecistopatias que procuraram os autores nesse período foram levados indistintamente a cirurgia laparoscópica segundo protocolo preestabelecido. Nao se verificaram limitaçoes do método para as variáveis de idade, sexo, peso, quadro agudo ou crônico, ou mesmo para os casos em que os pacientes apresentavam cicatrizes infra e /ou supra-umbilicais de laparotomias prévias. Colangiografia per-laparoscopia foi proposta de maneira seletiva em 84 pacientes, diagnosticando-se cinco casos de colédoco-litíase, dos quais três puderam ser tratados pela via laparoscópica. Foi necessário recorrer à laparotomia para concluir a cirurgia em apenas um paciente de colecistite crônica. A morbidade restringiu-se a seis casos de infecçao da cicatriz umbilical, duas hérnias incisionais também umbilicais e um caso de drenagem biliar prolongada que exigiu reintervençao por laparotomia no 14§ dia de pós-operatório para adequado tratamento. Em 87 por cento dos casos ocorreu um pós-operatório confortável de internaçao inferior a 24 horas, justificando a indicaçao e realizaçao do método na grande maioria dos pacientes com colecistopatias