A tireoidite de Hashimoto é uma doença tireoidiana comum. Sua associaçao com neoplasmas malignos da tireóide é citada na literatura como de 0,5 a 32 por cento , maior em nódulos frios solitários. A dificuldade em diagnosticar esta associaçao faz com que a conduta diante da tireoidite de Hashimoto seja controversa. Revisamos os dados de 30 doentes com diagnóstico de tireoidite de Hashimoto com nódulos tireoidianos tratados de abril de 1984 a agosto de 1992 no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Sao Paulo. Destes, sete (23,3 por cento ) apresentavam neoplasmas malignos da tireóide, sendo um linfoma (14,3 por cento ), dois carcinomas foliculares (28,6 por cento ) e quatro papilíferos (57,1 por cento ). Com base nestes dados e em outros de literatura, achamos que apesar da tireoidite de Hashimoto ser afecçao de tratamento clínico, todo paciente com este diagnóstico e que apresente na sua evoluçao o aparecimento de nódulo hipo ou normocaptante, deve ser submetido a tratamento cirúrgico