Esplenectomia subtotal, em cães, com preservação do pólo inferior(PI) suprido por vasos do ligamento gastroesplênico
Subtotal splenectomy in dogs with preservation of inferior pole supplied by vessels of the esplenogastric ligament

Rev. Col. Bras. Cir; 26 (3), 1999
Publication year: 1999

O objetivo desse trabalho foi estudar a viabilidade do pólo inferior(PI) do baço de cães, após a ligadura e secção da artéria e veia esplênicas. Foram operados 24 cães, mestiços, machos, com peso variando entre 12kg e 14kg. Os animais anestesiados foram submetidos a laparotomia mediana supra e infra-umbilical, com 12cm de comprimento. Nos do grupo 1 fez-se a ligadura e secção da porção superior do ligamento gastroesplênico, ligadura e secção da artéria e veia esplênicas. Após a ligadura do ramo descendente dos vasos esplênicos, o baço foi seccionado transversalmente, a superfície de corte do PI foi suturada e a peça enviada para estudo microscópico. A parede abdominal foi suturada por planos. Os cães foram mantidos vivos e sacrificados no sétimo (subgrupo 1A - quatro cães), 15§ (subgrupo 1B - cinco cães), trigésimo (subgrupo 1C - quatro cães) e septuagésimo dia (subgrupo 1D - três cães). Nessa ocasião, o PI foi retirado para estudo. No grupo 2, três cães foram submetidos a laparotomia e manipulação do baço (controle 2 - simulação), para controle morfológico. Esse procedimento foi feito no 15§ dia (subgrupo 2A - dois cães) e no sexagésimo dia (subgrupo 2B - um cão). Dos 24 cães operados, cinco foram a óbito. A causa foi evisceração (dois cães), hemorragia intraperitoneal (um cão), hemorragia digestiva baixa de causa não esclarecida (um cão) e indeterminada (um caso). O exame macroscópico do PI comparado àquele dos controles 1 e 2 mostrou aspecto duvidoso em apenas dois casos, onde o PI apresentava-se aderido firmemente à parede abdominal e alças intestinais. Não houve, no entanto, diferença estatisticamente significante (p>0.05 - teste exato de Fisher) no número de casos viáveis entre os grupos controles e grupo 1. O exame microscópico do PI, comparado àqueles do restante do baço (controle 1) e ao controle 2 (simulação), mostrou que a referida porção apresentou alterações morfológicas discretas, na maioria dos casos, e sinais de regressão em dois casos. Esse número não induziu, também, resultados estatisticamente significante (p>0.05). A análise dos nossos resultados nos permitiu concluir que o PI do baço de cães manteve-se viável em 86,6 por cento dos casos, mesmo com a ligadura da artéria e veia esplênicas

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