Evolução das varizes esofagogástricas após anastomose esplenorrenal proximal versus esplenorrenal distal
Esophagogastric variceal evolution after proximal vs distal splenorenal shunt

Rev. Col. Bras. Cir; 27 (2), 2000
Publication year: 2000

Avaliou-se, retrospectivamente, a evolução pós-operatória das varizes esofagogástricas em 40 pacientes submetidos a um dos seguintes procedimentos cirúrgicos: a (n=27) derivação esplenorrenal distal (ERD) e B (n=13) derivação esplenorrenal proximal (ERP). Todos os pacientes tinham hipertensão porta esquistossomótica com diagnóstico prévio de varizes do esôfago, presentes ou não no estômago, com um ou mais episódios de sangramento. os pacientes foram submetidos a um dos procedimentos cirúrgicos de acordo com a preferência do cirurgião assistente. Foram realizadas, nesses pacientes, endoscopias no período pré-operatório e aos seis, 12 e 18 meses no pós-operatório. Os dados de cada endoscopia foram coletados e comparados entre os grupos, verificando-se a presença de varizes do esôfago e estômago nos diferentes períodos, comparando esses achados através do teste do qui-quadrado, com significância para p<0,05. Os resultados obtidos não mostraram casos de ressangramento até o 18§ mês pós-operatório, nem casos de encefalopatia. Foram diagnosticadas varizes esofágicas, no pré-operatório, em 100 por cento dos pacientes nos dois grupos. No período pós-operatório, houve redução significativa das varizes do esôfago, quando estudados os dois grupos conjuntamente, para 40 por cento no sexto mês (p=0,0002), 30 por cento no 12§ mês (p=0,003) e 27,5 por cento no 18§ mês (p=0,003). No sexto mês pós-operatório, a incidência de varizes do esôfago foi maior nos pacientes com ERD quando comparados àqueles com ERP (51,9 por cento vs. 15,4 por cento, p=0,03). Quando estudadas as varizes aos 12 e 18 meses não foi observada diferença significativa entre pacientes submetidos a ERD ou ERP (12§ mês, 37 por cento vs. 15,4 por cento; 18§ mês, 25,9 por cento vs. 30,8 por cento). Foram vistas varizes gástricas em 37,5 por cento dos pacientes, com redução significativa no sexto mês (2,5 por cento, p=0,005). Entretanto, quando comparada com a frequência do sexto mês, houve aumento significativo no 12§ mês (5 por cento, p=0,00001) e 18§ mês (7,5 por cento, p=0,02). Quando comparados os grupos, no período pré-operatório, estas varizes estiveram presentes mais frequentemente no grupo submetido a ERP (69,2 por cento vs. 26 por cento, p=0,0005), sem diferença significativa no período pós-operatório (6§ mês, 16,6 por cento vs. 0 por cento; 12§ mês, 33,3 por cento vs. 0 por cento; 18§ mês, 33,3 por cento vs. 11,1 por cento)...

More related