Tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico na esclerodermia
Surgical treatment for gastro-esophageal reflux in scleroderma

Rev. Col. Bras. Cir; 28 (2), 2001
Publication year: 2001

Objetivo:

A esclerodermia é caracterizada pelo aumento fibrótico do tecido conectivo. O envolvimento esofágico atinge 75 a 90 por cento dos pacientes. O receio em se construir uma válvula em um esôfago hipotônico levou às operações de ressecção, que têm morbidade significante. Posteriormente, estudos com técnicas anti-refluxo demonstraram regressão dos sintomas em 69 a 75 por cento dos pacientes.

Método:

Sete pacientes femininas (32 a 59 anos, seguimento entre seis e 48 meses) com esclerodermia apresentavam pirose e havia disfagia em seis casos. Quatro pacientes com estenoses necessitaram dilatações. Quatro pacientes foram submetidas à técnica de Nissen modificada e três pacientes à técnica de Lind, por via laparoscópica. Houve uma conversão.

Resultados:

Todas obtiveram alguma melhora clínica, exceto uma em que houve migração da válvula. Quatro pacientes ficaram com Visick grau I (58 por cento), uma com grau II (14 por cento), uma com grau III (14 por cento) e uma com grau IV (14 por cento). Não houve retardo importante do esvaziamento esofágico à cintilografia, e os exames não demonstraram mais estenoses.

Conclusão:

O tratamento cirúrgico anti-refluxo é eficaz em regredir os sintomas da DRGE na esclerodermia, sem comprometer a função esofágica. As ressecções são indicadas para falha do tratamento inicial, pacientes com estenoses graves ou lesões malignas

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