Rev. Col. Bras. Cir; 43 (1), 2016
Publication year: 2016
Objective :
to evaluate the epidemiological variables and diagnostic and therapeutic modalities related to hepatic trauma patients undergoing laparotomy in a public referral hospital in the metropolitan region of Vitória-ES. Methods :
we conducted a retrospective study, reviewing charts of trauma patients with liver injuries, whether isolated or in association with other organs, who underwent exploratory laparotomy, from January 2011 to December 2013. Results :
We studied 392 patients, 107 of these with liver injury. The male:
female ratio was 6.6 :
1 and the mean age was 30.12 years. Penetrating liver trauma occurred in 78.5% of patients, mostly with firearms. Associated injuries occurred in 86% of cases and intra-abdominal injuries were more common in penetrating trauma (p <0.01). The most commonly used operative technique was hepatorrhaphy and damage control surgery was applied in 6.5% of patients. The average amounts of blood products used were 6.07 units of packed red blood cells and 3.01 units of fresh frozen plasma. The incidence of postoperative complications was 29.9%, the most frequent being infectious, including pneumonia, peritonitis and intra-abdominal abscess. The survival rate of patients suffering from blunt trauma was 60%, and penetrating trauma, 87.5% (p <0.05). Conclusion :
despite technological advances in diagnosis and treatment, mortality rates in liver trauma remain high, especially in patients suffering from blunt trauma in relation to penetrating one.
Objetivo :
avaliar as variáveis epidemiológicas e as modalidades diagnósticas e terapêuticas relacionadas ao trauma hepático de pacientes submetidos à laparotomia exploradora em um hospital público de referência da Região Metropolitana de Vitória-ES. Métodos:
estudo retrospectivo de revisão de prontuários dos pacientes vítimas de trauma com lesão hepática isolada ou associada a outros órgãos, submetidos à laparotomia exploradora, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2013. Resultados:
foram estudados 392 pacientes submetidos à laparotomia, dos quais 107 com lesões hepáticas. A relação masculino:
feminino foi 6,6:1 e a média de idade dos pacientes foi 30,12 anos. O trauma hepático penetrante ocorreu em 78,5% dos pacientes, principalmente por arma de fogo. Lesões associadas ocorreram em 86% dos casos e as lesões intra-abdominais foram mais comuns no trauma penetrante (p<0,01). A técnica operatória mais utilizada foi a hepatorrafia, e a cirurgia para controle de danos foi feita em 6,5% dos pacientes. A quantidade média de hemoderivados utilizados foi 6,07 unidades de hemoconcentrado e 3,01 unidades de plasma fresco. A incidência de complicações pós-operatórias foi 29,9%, e as mais frequentes foram as infecciosas, incluindo pneumonia, peritonite e abscesso intra-abdominal. A taxa de sobrevida dos pacientes acometidos de trauma contuso foi 60% e de trauma penetrante, 87,5% (p<0,05). Conclusão:
apesar dos avanços tecnológicos de diagnósticos e tratamentos, as taxas de morbimortalidade nos traumas hepáticos permanecem elevadas, especialmente nos pacientes acometidos de trauma hepático contuso em relação ao trauma penetrante.