Amebas de vida livre (Naegleria sp. e Acanthamoeba sp.) isoladas de fezes humanas: patogenicidade para camundongos
Free-living amebas (Naegleria sp. e Acanthamoeba sp.) in human feces: pathogenicity for mice
Rev. Inst. Adolfo Lutz; 44 (1), 1984
Publication year: 1984
Foram inoculadas, em lotes de 5 camundongos albinos de 10 a 12 g, 15 amostras de Acanthamoeba sp., 2 amostras de culturas mistas de Acanthamoeba sp. e Naegleria sp. e uma amostra de Naeçlerio. sp. As amebas foram isoladas a partir de fezes de indivíduos pertencentes a uma creche da cidade de São Paulo. Os camundongos foram ligeiramente anestesiados com éter etílico e receberam, por via nasal, 0,04 ml de uma suspensão de amebas na concentração de 3x10 5 a 8x10 6 trofozoítas por ml. Seis camundongos morreram espontaneamente e os restantes foram sacrificados após 30 dias de observação. Macerados de cérebro, baço e pulmão foram repicados em placas de Petri contendo ágar não nutriente e ágar não nutriente-sal, com tapete de Aerobacter aeroçenes morto pelo calor. Subseqüentemente as placas foram incubadas às temperaturas de 28 e 37°C e observadas por 10 dias. Constatou-se a patogenicidade de 4 amostras de Acanthamoeba sp e de uma amostra de cultura mista de Acanthamoeba sp e Naeçleria sp. Alguns dos fragmentos teciduais não macerados foram analisados histopatologicamente, revelando-se processo inflamatório com predomínio de linfócitos, plasmócitos e histiócitos, caracterizando-se, em alguns focos, a presença de amebas de vida livre (AU).