Acolhimento institucional e adoção: uma interlocução necessária
Institutional sheltering and adoption: a necessary dialogue
Acogimiento institucional y adopción: una interlocución necesaria
Rev. SPAGESP (Online); 17 (1), 2016
Publication year: 2016
Objetiva-se problematizar a importância do preparo da criança/adolescente e da interlocução entre equipes da Instituição e do Judiciário para efetivar uma adoção com menor risco de devolução.Aponta-se que tanto o desligamento da família biológica, quanto a espera pela família adotante, vem acompanhada de ansiedade inerente à construção de novos vínculos, sinalizando importantes aspectos psicossociais carentes de intervenções. Utilizando-se de discussão teórica associada com a prática clínica, conclui-se que técnicos do contexto institucional devem criar um espaço seguro para que crianças/adolescentes possam ser ouvidos e compreendidos ao viver tal processo, assim como necessitam comunicar hábitos, gostos e preferências pessoais para a equipe psicossocial do Judiciário com finalidade de facilitar a transferência de valores e de afeto para família substituta.
Our aim is to discuss the importance of preparing children/adolescents and to promote the dialogue between institutional and judiciary staff to provide adoptions with lower risk of return. Both the disconnection from the biological family and the wait by the foster family are followed by the anxiety inherent to the development of new bonds, indicating important psychosocial aspects that require interventions. By using theoretical discussions associated with clinical practice, we conclude that institutional technicians must create a safe space so that children/adolescents can be heard and understood when going through such process, in addition to communicate habits, personal likes and preferences for the judiciary psychosocial staff with the purpose of facilitating the transfer of values and affection to the surrogate family.
Se tuvo como objetivo problematizar la importancia de la preparación del niño/adolecente y de la interlocución entre equipos de la Institución y del poder Jurídico, para tornar efectiva una adopción con menores riesgos de devolución. Se apunta que tanto la separación de la familia biológica, como la espera de la familia adoptiva, es acompañada de ansiedad inherente a la construcción de nuevos vínculos, señalando importantes aspectos psicosociales carentes de intervención. Se utilizó discusión teórica asociada a la práctica clínica, concluyéndose que técnicos del contexto Institucional deben crear un espacio seguro para que los niños/adolecentes puedan ser oídos y comprendidos al vivir tal proceso, así como comunicar hábitos, gustos y preferencias personales para el equipo psicosocial del poder Jurídico con la finalidad de facilitar la transparencia de valores y de afectos para la familia sustituta.