Redução da proliferação neo-intimal após o implante de stents revestidos com rapamicina
Intimal hyperplasia inhibition after rapamycin eluting stent implatation

Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 12 (2), 2002
Publication year: 2002

A reestenose após o implante de stents decorre da hiperplasia neo-intimal. A presente investigação testa a hipótese da redução da hiperplasia intimal após o implante de stents revestidos com uma substância antiproliferativa.O fármaco utilizado para o revestimento do stent Bx Velocity foi a rapamicina, um antibiótico macrolídeo, com propriedades antiproliferativas, por impedir a progressão do ciclo celular. Para testar essa hipótese, comparou-se o volume tecidual crescido intra-stent entre três grupos de 15 pacientes tratados, respectivamente, com stent revestido com rapamicina com liberação rápida (primeiro grupo), stent revestido mas com liberação lenta (segundo grupo) e stent não revestidocom o fármaco (terceiro grupo). As análises do volume de hiperplasia intimal e da perda tardia da luz foram realizadas 12 meses após o procedimento, por meio do ultra-som intracoronário e da angiografia, respectivamente. Os procedimentos foram bem-sucedidos em todos os pacientes, e não ocorreram complicações em qualquer dos grupos. A perda tardia da luz arterial aos 12 meses foi significativamente maior (p menor 0,0001) no grupo dos stents não-revestidos, de 0,91 mm vs. 0,11 mm nos stents revestidos. A reestenose angiográfica foi de 21,4 por cento nos pacientes com stents não-revestidos e não ocorreu nos pacientes com stents revestidos. O volume de hiperplasia intimal foi de 3,2 mm3 nos stents com liberação rápida, de 2,5 mm3 nos stents com liberação lenta e de 42 mm3 nos stents não-revestidos (p menor 0,0001). Concluímos, portanto, que os stents revestidos com rapamicina reduzem substancialmente a proliferação neo-intimal e, conseqüentemente, a reestenose coronária...

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