Velamento da angústia existencial do cidadão e do homem público e o sentido de um dever ser próprio a ações sérias
Concealing the existential anguish of the citizen and of the public official and the meaning of a duty being inherent to serious actions

Rev. adm. pública; 43 (1), 2009
Publication year: 2009

Este artigo explora a complexidade do fenômeno da angústia fundamentalmente como angústia existencial da qual se ocupa especialmente Heidegger em íntima relação com o dasein, sem relegá-la ou excluir a literatura a respeito. A questão central é a presença fenomenal do homem comum e do homem público como ser-no-mundo, na vida e em suas organizações. A literatura escolhida orienta a discussão para fundamentos fenomenológicos como presença, impermanência, abertura, velamento, poder ser, fuga, bem como para disposições e posturas como querer ter, querer ser, assumir-se, recorrendo a um embasamento teórico para essa primeira discussão que questiona, inicialmente e durante o artigo, implicações da angústia heideggeriana nas expectativas de cidadania. A reflexão final emerge em forma de questão em tom paradoxal que por si só é manifestação de angústia e exemplo de necessidade da seriedade do homem diante do público, em toda a sua extensão, porque a angústia existencial não se manifestou simplesmente velada, mas como uma falta.
Nowadays globally manifest uneasiness which affects common men as well as public citizens motivates this exploratory study towards complexity of anxiety as a phenomenon, not as an emotion, although without relegating it or excluding the related bibliography, but to fundamentally investigate existential anguish in accordance to Heidegger, that is, in connection with the dasein. The core question is the phenomenal presence of common and public men as a being-in-the-world of life and organizations. The selected literature drives that discussion to phenomenological basics such as presence, impermanence, openness, veiling, might-be, and escape, as well as dispositions and postures like willing-to-have, willing-to-be, and assuming-oneself, resorting to a theoretical basis for this primary discussion which questions the Heideggerian anxiety implications on citizenship expectancies. The final reflection emerges as a paradoxical question, in itself the manifestation of anguish, potentially existential anguish and an example of need for man before the public in its whole extension, because the existential anguish did not express itself simply veiled but as a lack.

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