Somos uma comunidade de prática?
Are we a community of practice?
Rev. adm. pública; 43 (2), 2009
Publication year: 2009
Este artigo analisa a caracterização de um possível caso de CdP, em comparação com outros tipos de arranjos grupais presentes nas organizações, de acordo com a definição fundadora de Ettiene Wenger. Trata-se de um estudo de caso sobre uma empresa de consultoria organizacional que há mais de 10 anos realizava - e publicava em livro - uma pesquisa em que fazia a intrigante pergunta: "somos uma comunidade de prática?". Uma década depois, voltou-se a essa empresa para fazer às pessoas que com ela se relacionam a mesma pergunta (e outras mais), que pudessem contribuir para a identificação mais precisa das CdPs. Na conclusão este artigo revela que os entrevistados, mesmo identificando em sua experiência profissional diversos elementos que são típicos das CdPs, não se consideram efetivamente uma CdP. Diante de tal negativa, fica a pergunta: será possível realmente a existência de comunidades de prática em organizações da produção e do trabalho?
In spite of the growing number of discussions about communities of practice in organizational theory, there have been still few academic studies on this subject in Brazil. As empirical basis, this paper takes the example of a consulting firm that had conducted and published a research on communities of practice, 10 years earlier, and had asked itself: "are we a community of practice?" The author addressed people still working at that company, asking them the same question (and others) to improve the understanding on the meaning of a community of practice. In conclusion, the research shows that the interviewees, even identifying in their professional experience typical elements of the communities of practice, do not consider the organization, in fact, a community of practice. At last, the question remains: are there really communities of practice in production and work organizations?