Avaliação da gestão na atenção básica nas dimensões da integralidade
Evaluation of management of primary health care in the dimensions of integrality
Evaluación de la gestión en la atención básica en las dimensiones de la integralidad

Rev. baiana saúde pública; 36 (3), 2012
Publication year: 2012

O princípio da integralidade na gestão na atenção básica deve envolver a formulação e aplicação das políticas de saúde, a organização dos serviços e das práticas de saúde e as práticas dos profissionais de saúde.

Esta investigação tem como objetivo avaliar a gestão de unidade básica de saúde nas dimensões da integralidade:

política, organização de serviços e práticas de saúde e gestão. A metodologia apoiou-se numa abordagem avaliativa e qualitativa, com a utilização da análise de relatórios de gestão e entrevistas semiestruturadas com gestores, trabalhadores e usuários. Como resultados destacam-se: na dimensão das políticas específicas, observou-se que as ações prioritárias da unidade são os programas verticais do Ministério da Saúde; na dimensão da organização dos serviços, constatou-se que não é utilizado o planejamento, monitoramento e a avaliação; na dimensão da organização das práticas, verificou-se que não sofre alteração com relação à das unidades básicas tradicionais. Quanto à prática de gestão, constatou-se que tem como objetivo central manter e ordenar o funcionamento dos serviços, ficando restrita a atribuições básicas da administração: ações de controle, supervisão e provisão de insumos para os serviços, ressaltando o caráter normativo, centrada em um modelo taylorista-fordista, com característica punitiva e autocrática, pouca autonomia focada na captura e alienação dos sujeitos sociais. Conclui-se que o estado da gestão local e seu distanciamento com o princípio da integralidade abrange três pontos de determinação: o âmbito político, determinante para a mudança que é representada pelo poder de decidir; o âmbito técnico, representado por saber intervir; e o administrativo, relacionado ao como intervir na ESF.
The concept of integrality in the management of primary health care must involve making and applying health politics, organization of the services, practices of health and the practices of health professionals. This research aims to evaluate the management of primary health care in the dimensions of integrality which involves polices, organization of healthpractices, and management.

The methodology used for this study was qualitative and evaluative adopting methods such as:

report analysis, semi-structured interviews with the managers, workers and users of the health system.

Some results were highlighted:

regarding the specificpolicies, it was noticed that the priority actions of the primary health care units are the vertical programs of the Ministry of Health; on the subject of service organization, it was found out that planning, monitoring and evaluating are tools that not are used; with reference to the dimensionof organization of practices, it was found out that the practices don?t change if compared to the ones from the traditional basic units. In regards to management practices it was discovered that it has as central objective maintaining and operating the administration of the services, being restricted to the basic tasks of administration: controlling actions, supervision and provision of inputs for services. It can be Highlighted its normative nature, focusing on a Taylor-Ford model, with punitive and autocratic characteristics, with little autonomy and focused on capturing and alienating social subjects.

It can be concluded from this study that the current place of the local management as well as its distance from the integrality concept has three important bases:

the political which determines change and it is represented by the decision-making power;the technical represented by knowing how to intervene along with the administration which is related to how to intervene in the Family Health Strategy.
El principio de la integralidad en la gestión de la atención básica, debeimplicar la formulación y la aplicación de las políticas de salud, la organización de los servicios y de las prácticas de la salud y de los profesionales de la salud.

Esta investigación tiene como objetivo evaluar la gestión de la atención básica de salud en las dimensiones de la integralidad:

política, organización de servicios y prácticas de salud y gestión. La metodología se apoyó en un enfoque valorativo y cualitativo, mediante el análisis de los informes de gestión y entrevistas semiestructuradas, con gerentes, empleados y usuarios.

Entre los resultados se destacan:

en la dimensión de las políticas específicas, se observó que las acciones prioritarias de la unidad son los programas verticales del ministerio de la Salud; en la dimensión de la organización de los servicios, se constató que no es utilizada la planificación, el monitoreo y la evaluación; en la dimensión de la organización de las prácticas, se verificó que esta no sufre alteración con relación a las unidades básicas tradicionales. En cuanto a la práctica de gestión, se constató que esta tiene como objetivo central, mantener y ordenar el funcionamiento de los servicios, quedando restricta a las atribuciones básicas de la administración: acciones de control, supervisión y suministro de insumos para los servicios, resaltando el carácter normativo, centrada en un modelo taylorista-fordista, de características punitivas y autocráticas, con poca autonomía y centrada en la captura y alienación de los sujetos sociales. Se concluye que el estado de gestión local y su distanciamiento del principio de integralidad, abarca tres puntos de determinación: el ámbito político, determinante para el cambio que es representado por el poder de decidir; el ámbito técnico, representado por el saber intervenir; y el administrativo, relacionado con el cómo en la ESF.

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