Exame histopatológico das cicatrizes de mastectomia nas reconstruções tardias de mama: existe relevância oncológica?
Histopathological analysis of mastectomy scars in delayed breast reconstruction: is there any oncologic relevance?

Rev. bras. cancerol; 53 (4), 2007
Publication year: 2007

A recorrência local, pós-mastectomia, para doença mamária maligna varia entre 5 por cento e 40 por cento, sendo usualmentedetectada ao exame clínico. Os relatos da literatura mostram que as recorrências microscópicas identificadas emcicatrizes de mastectomia, sem suspeita clínica, são raras. Sendo assim, este trabalho avalia a importância daanálise histopatológica de rotina das cicatrizes de mastectomia no momento da reconstrução de mama, de maneiraa detectar a freqüência de recorrência microscópica e o impacto do diagnóstico precoce na sobrevida das pacientes.Em uma série retrospectiva de 261 pacientes assintomáticas, não foi encontrada evidência de malignidade ourecorrência microscópica em nenhuma das cicatrizes avaliadas. Em muitos serviços, é recomendado que todas ascicatrizes de mastectomia sejam submetidas à análise histopatológica na época da reconstrução. Contudo, esteestudo sugere não ser necessário este exame de rotina. Os resultados indicam que o exame histopatológico dascicatrizes de mastectomia em pacientes submetidas à reconstrução tardia de mama e em pacientes avaliadas porexame clínico detalhado e a avaliação mamográfica podem não trazer maiores benefícios ao seguimento oncológicodessas pacientes, contudo estudos complementares são necessários.
Local recurrence following mastectomy or wide local excision of malignant breast disease is reported as ranging from 5 to 40% and is usually detected at clinical screening. There are few reports in the literature in which microscopic recurrence has been identified in mastectomy scars in the absence of clinical suspicion. We assessed the importance of routine mastectomy scar histology at the time of breast reconstruction for detecting microscopic recurrence and the impact of early diagnosis on patient survival. In a retrospective series of 261 asymptomatic patients, we found no evidence of malignancy or microscopic recurrence in any of the scars examined. Many oncology services recommend that all mastectomy scars be submitted to histological examination at the time of breast reconstruction. However, our results suggest that this routine exam may not be necessary. We believe that histological examination of mastectomy scars in late breast reconstruction in patients with comprehensive clinical examination and mammography may provide no additional benefit in the oncologic follow-up of these patients.

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