Rev. bras. cardiol. invasiva; 19 (1), 2011
Publication year: 2011
Introdução:
A formação de trombos no apêndice atrial esquerdo (AAE) constitui a principal causa de fenômenos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial (FA). A anticoagulação oral é considerada terapia de primeira linha na prevenção de tromboembolismo associado à FA. Apesar de comprovada eficácia, a terapia com anticoagulantes orais está associada a inúmeras limitações. A oclusão percutânea do AAE surgiu como uma nova estratégia para prevenção de acidentes vasculares cerebrais em pacientes com FA considerados de alto risco e não candidatos a tratamento com anticoagulantes. Métodos:
Relatamos a experiência inicial da oclusão percutânea do AAE utilizando o novo dispositivo AmplatzerTM Cardiac Plug (ACP AGA Medical Corp., Golden Valley, Estados Unidos) em pacientes com FA e escore CHADS2 > 2, não elegíveis à terapêutica com anticoagulantes. Os procedimentos foram realizados sob anestesia geral e monitoração por ecocardiografia transesofágica tridimensional em tempo real. Resultados:
Três pacientes do sexo masculino, com média de idade de 79 anos e escores CHADS2 2, 3 e 5, foram submetidos a implante do dispositivo por via transeptal sem complicações, resultando em oclusão imediata do AAE e alta hospitalar após dois dias. No seguimento de 50 dias, todos os pacientes se apresentavam bem clinicamente e a ecocardiografia transtorácica confirmou oclusão total do AAE e ausência de complicações. Conclusões:
A oclusão percutânea do AAE com ACP parece ser uma alternativa terapêutica atrativa na prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes com FA e contraindicações ou limitações para anticoagulação oral.
Background:
Thrombus formation in the left atrial appendage (LAA) is the main cause of thromboembolic events in patients with non-valvular atrial fibrillation (AF). Oral anticoagulantsare considered first-line therapy for stroke prevention in AF patients. Despite its proven efficacy, long-term oral anticoagulation is associated to innumerous limitations. PercutaneousLAA closure has emerged as a new strategy for stroke prevention in high risk AF patients who are not candidatesfor long term oral anticoagulation therapy. Methods:
We report the initial experience with percutaneous occlusionof the LAA using the new AmplatzerTM Cardiac Plug (ACP AGA Medical Corp., Golden Valley, USA) in patients withAF and CHADS2 score > 2 who were not eligible for anticoagulation therapy. Procedures were carried out undergeneral anesthesia and 3D transesophageal echocardiographymonitoring in real time. Results:
Three male patients, mean age of 79 years and CHADS2 2, 3 and 5 scores had thedevice successfully implanted using a transeptal approach with no complications, resulting in immediate LAA occlusion and hospital discharge two days later. At the 50-day followup,all patients were clinically well with complete LAA occlusion and no complications at transthoracic echocardiography. Conclusions:
Percutaneous LAA occlusion with thenew ACP seems to be an attractive alternative to prevent thromboembolic events in patients with AF and contraindications or limitations for anticoagulation therapy.