Autotransplante cardíaco: um novo método no tratamento de problemas cardíacos complexos
Heart autotransplantation: a new method for treatment of complex cardiac problems

Rev. bras. cir. cardiovasc; 10 (2), 1995
Publication year: 1995

No período de janeiro de 1990 a maio de 1995 foram operados com a técnica do auto transplante cardíaco 92 pacientes com cardiopatias complexas e arritmias supraventriculares, principalmente fibrilaçao atrial (n=89), reentrada(n=2),QT longo(n=l). O sexo feminino predominou (n=63). A idade variou de l8 a 76 anos (m=43).

Os defeitos concomitantes foram:

átrio esquerdo gigante (medido pelo ecocardiograma > 6 cm) (n=65); átrio direito gigante (n=9); átrio esquerdo aumentado (< 6 cm/>4 cm) (n=23); estenose mitral (n=46); insuficiência mitral (n=28); dupla lesao mitral (n=l6); estenose aórtica (n=l2); insuficiência aórtica (n=5); insuficiência tricúspide (n=78); trombose atrial (n=23); calcificaçao atrial (n=l2); hipertensao pulmonar (n=86); flbroelastose biventricular (n=3); rotura atrioventricular (pós-troca de valva mitral) (n=l); aneurisma da raiz aórtica (n=l); ventriculectomia parcial (n=8); 88 pacientes saíram do centro cirúrgico em ritmo sinusal e assim permaneceram; 6 precisaram de drogas inotrópicas e 3 de drogas antiarrítmicas. Todos os pacientes que apresentavam átrio esquerdo ou direito gigante com fibrilaçao atrial tiveram seus átrios reduzidos ao tamanho normal. Nao houve mortalidade operatória e 6 evoluíram a óbito hospitalar. Na reavaliaçao aos seis meses de pós-operatório, os sobreviventes estavam bem, em ritmo sinusal. A técnica do autotransplante cardíaco facilita o reparo intracardíaco, proporciona a reduçao atrial e conseqüente retorno do paciente ao ritmo sinusal e abre novas perspectivas.

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