Plástica da valva mitral: resultados aos 17 anos de experiência
Mitral valve repair: 17 years experience

Rev. bras. cir. cardiovasc; 14 (3), 1999
Publication year: 1999

Foram analisados 545 pacientes submetidos a 560 plásticas da valva mitral no período de março de 1980 a dezembro de 1997. A idade variou de 3 meses a 86 anos com média de idade de 42,2 / 21,4 anos. Duzentos e setenta e quatro (50,3 por cento) pacientes eram do sexo masculino. A etiologia foi reumática em 234 (42,9 por cento) pacientes.

As técnicas utilizadas foram:

ressecção quadrangular da cúspide posterior em 204 (36,5 por cento pacientes, anuloplastia com tira posterior de pericárdio bovino em 139 (24,5 por cento) pacientes, anel de Carpentier em 102 (18,2 por cento) pacientes, anuloplastia posterior segmentar em 37 (6,6 por cento) pacientes e outras técnicas utilizadas em menor freqüência. Técnicas associadas foram empregadas em 199 (35,6 por cento) pacientes, sendo a mais freqüente o encurtamento de cordas em 72 (12,8 por cento). Operações associadas foram realizadas em 267 (47,8 por cento) pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 3,7 por cneto (21 pacientes). As taxas linearizadas dos eventos no pós-operatório foram 2,9 por cento pacientes/ano para reoperação, 0,6 por cento pacientes/ano para tromboembolismo, 0,3 por cento pacientes/ano para endocardite e 0,1 por cento pacientes/ano para hemólise. A sobrevida actuarial foi de 76,8 / 10,8 em 17 anos e sobrevida livre de endocardite, tromboembolismo, reoperação e hemólise no mesmo período foi respectivamente 98,9 / 0,6 por cento, 93,9 / 3,7 por cento, 61,0 / 7,9 por cento e 99,7 / 0,2por cento. Podemos concluir que os pacientes submetidos à plástica da valva mitral apresentaram evolução satisfatória

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