Rev. bras. cir. cardiovasc; 15 (1), 2000
Publication year: 2000
FUNDAMENTOS:
A operação de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea (CEC) vem sendo utilizada como uma alternativa para o tratamento da insuficiência coronariana. OBJETIVO:
Apresentar nossa experiência com este procedimento, descrevendo a técnica empregada e os resultados iniciais. CASUÍSTICA E MÉTODOS:
Foram avaliados 23 pacientes submetidos à revascularização do miocárdio sem CEC. Foram selecionados para este estudo pacientes que apresentavam lesões nas artérias coronárias da região ântero-diafragmática do coração. A principal indicação cirúrgica foi insuficiência coronária crônica (78,3 porcento). O sexo masculino predominou em 65 porcento dos casos. A idade variou de 44 a 80 anos (média: 59,6 anos). A abordagem cirúrgica em todos os pacientes foi através de esternotomia mediana. Os enxertos utilizados foram:
as artérias torácicas internas, veia safena e artéria radial. RESULTADOS:
O tempo médio de operação foi de 3h15 min. Não houve intercorrências intra-operatórias. O número de enxertos por paciente variou de 1 a 3, num total de 36 enxertos realizados, com média de 1,56 enxerto/paciente. A artéria torácica interna esquerda foi o enxerto mais utilizado (41,7 porcento). As artérias coronárias revascularizadas mais freqüentemente foram o ramo interventricular anterior (52,8 porcento) e a coronária direita (30,5 porcento). A mortalidade hospitalar e a incidência de infarto pós-operatório foram de 4,3 porcento. Não ocorreram complicações neurológicas, pulmonares, renais, hemorrágicas ou infecciosas. O tempo médio de internação hospitalar foi de 7 dias. CONCLUSÃO:
A revascularização do miocárdio sem CEC é uma técnica eficaz e segura que pode ser realizada em casos selecionados, com baixa morbidade e mortalidade, com redução de custos e do tempo de internação hospitalar