Rev. bras. cir. cardiovasc; 16 (3), 2001
Publication year: 2001
OBJETIVO:
Determinar os fatores preditores de má evoluçäo nos pacientes submetidos a revascularizaçäo do miocárdio (RM) na fase aguda do infarto do miocárdio (IAM). CASUíSTICA E MÉTODOS:
No período de março de 1998 a novembro de 1999, 49 pacientes foram submetidos a RM na fase aguda do IAM. Foram excluídos pacientes portadores de complicaçöes mecânicas do IAM e submetidos a procedimentos associados a RM. Os pacientes foram divididos em:
Grupo I - 29 casos que näo apresentaram complicaçöes decorrentes do IAM e Grupo II - 20 casos com uma ou mais complicaçöes. As complicaçöes consideradas foram:
isquemia recorrente (18 pacientes), insuficiência cardíaca congestiva (11), choque cardiogênico (9), hipotensäo (7), reinfarto (4), taquicardia ventricular sustentada (4) e fibrilaçäo ventricular (3). Os grupos foram considerados comparáveis em relaçäo às características pré-operatórias, exceto pela idade mais avançada no grupo II. No intuito de identificar os fatores determinantes de pior prognóstico pós-operatório, foram correlacionadas e analisadas as características dos pacientes e as complicaçöes do IAM, estudados pelo teste de variância e análise multivariada. RESULTADOS:
A mortalidade global foi de 6,12 por cento (3 pacientes), sendo somente no grupo II. A análise multivariada identificou como fatores preditores de mortalidade hospitalar a hipotensäo arterial (p=0,045), o choque cardiogênico (p=0,001) e a fibrilaçäo ventricular (p=0,012). CONCLUSÖES:
A RM na fase aguda do IAM é um procedimento seguro em pacientes sem complicaçöes, sem mortalidade operatória. A presença de complicaçöes pré-operatórias como choque cardiogênico, fibrilaçäo ventricular e hipotensäo säo considerados fatores de mau prognóstico nesta condiçäo