Rev. bras. cir. cardiovasc; 18 (1), 2003
Publication year: 2003
INTRODUÇAO:
As técnicas empregadas em cirurgia cardíaca visando a extubaçäo imediata (EI) dependem de analgesia adequada e titulaçäo de drogas anestésicas. OBJETIVO:
A finalidade deste estudo é analisar a EI, utilizando eletroencefalograma (índice bispectral - BIS) para adequar o melhor momento de extubaçäo. MÉTODO:
Foram analisados 12 pacientes, ASA III, 7 crianças (Grupo I) 58,4 por cento, com idades entre 0 e 7 anos, submetidas a correçäo cirúrgica de cardiopatias congênitas e 5 adultos (Grupo II), com idades entre 30 e 75 anos, submetidos a revascularizaçäo do miocárdio. No Grupo I realizou-se raquianestesia entre L5 e S1 com injeçäo de marcaína pesada (0,5 mg/kg) e morfina (5æg/kg). No Grupo II realizou-se bloqueio epidural entre T3 e T4, com introduçäo de cateter e injeçäo de 60mg de ropivacaína e 2mg de morfina. Na induçäo da anestesia, empregamos: Fentanil 4 mg/kg, propofol até BIS igual a 30 e relaxante muscular. A anestesia geral foi mantida com sevoflurano para BIS entre 40 e 60. Foi programada extubaçäo quando o BIS atingisse 90. RESULTADOS:
Todos os pacientes foram extubados até 1 hora após o término da operaçäo, sendo 91,6 por cento na sala de operações, com funçäo cognitiva preservada, sem história de memória explícita, dor (adultos e crianças maiores) ou expressäo facial de dor (crianças menores). Cinqüenta e sete por cento (4) dos pacientes do Grupo I e 20 por cento (1) Grupo II apresentaram prurido e 28 por cento (2) Grupo I apresentaram vômitos. CONCLUSÕES:
A técnica empregada mostrou-se segura e eficaz, desde que observados critérios rígidos para sua execuçäo.