Rev. bras. cir. cardiovasc; 18 (2), 2003
Publication year: 2003
OBJETIVO:
Analisar, retrospectivamente, a sobrevivência dos pacientes submetidos a cardiomioplastia dinâmica, determinando a influência de fatores pré, intra e pós-operatório e o comportamento da fraçäo de ejeçäo conforme o modo de estimulaçäo. MÉTODO:
Foram analisados 43 pacientes submetidos a cardiomioplastia dinâmica, no período de maio de 1988 a setembro de 1997. A classe funcional III foi predominante (81,4 por cento). A fraçäo de ejeçäo média do VE foi de 19,37±3,48 por cento. A mortalidade hospitalar foi de 2,2 por cento e 39 pacientes, que completaram o período de condicionamento, tiveram seguimento médio de 46±26 meses. Vinte e oito pacientes foram mantidos predominantemente sob estimulaçäo em modo 1:
1 e 11 pacientes foram mantidos predominantemente sob estimulaçäo em modo 1:2. RESULTADOS:
A sobrevivência foi de 9 por cento em nove anos. As causas de óbito foram progressäo da insuficiência cardíaca e morte súbita. A classe funcional, o índice de resistência vascular pulmonar e o modo de estimulaçäo foram identificados como fatores independentes de prognóstico. A manutençäo da melhora da fraçäo de ejeçäo do VE em relaçäo ao pré-operatório foi mais consistente ao longo do período estudado, quando o enxerto muscular foi estimulado em modo 1:2. CONCLUSAO:
Os resultados tardios da cardiomioplastia dinâmica säo limitados pela alta incidência de morte súbita e de óbitos decorrentes da progressäo da doença de base. A sobrevivência é influenciada pela condiçäo clínica pré-operatória e pelo modo de estimulaçäo do enxerto. O desempenho do enxerto muscular é mais satisfatório a longo prazo quando submetido à estimulaçäo modo 1:
2.