Rev. bras. cir. cardiovasc; 21 (4), 2006
Publication year: 2006
OBJETIVO:
O objetivo deste estudo é avaliar a hipotermia residual pós-operatória e sua duração, assim como discutir se a hipotermia tardia pode ser um marcador de sangramento excessivo. MÉTODO:
Neste estudo retrospectivo, os registros de 12 pacientes que tiveram re-intervenção por causa de sangramento no período pós-operatório foram revisados e suas durações, que foram desde o primeiro minuto em Unidade de Terapia Intensiva até a pele alcançar uma temperatura de 36,5 graus Celsius. O tempo de duração da Circulação Extracorpórea (CEC) foi anotado. Também foi registrado o tempo ativado de coagulação (TCA). A temperatura mais baixa do corpo durante a operação foi medida. Um grupo de controle foi criado (n=16) aleatoriamente, formado por pacientes que não precisariam de re-intervenção e no qual a duração da CEC foi similar à do grupo de estudo. Todos os parâmetros foram comparados entre dois grupos com a versão do software SSPSs. RESULTADOS:
As durações desde o primeiro minuto no tratamento intensivo até a temperatura da pele alcançar 36.5 graus Celsius foram significantemente mais longas no grupo de estudo (p=0,0001). TAC pré-operatório e pós-operatório não foram diferentes (p=0,312 e p=0,576 respectivamente). A menor temperatura do corpo não foi diferente (p=0,157). CONCLUSÕES:
Nossos achados indicam que a temperatura da pele é importante no sangramento excessivo que leva à re-intervenção. Hipotermia pode ser o motivo ou a causa do sangramento.
OBJECTIVE:
The purpose of this study was to investigate whether postoperative hypothermia evaluated by skin temperature can be a clue of excessive bleeding requiring re-exploration. METHODS:
In this retrospective study, the records of 12 patients who needed re-exploration due to bleeding in the postoperative period were reviewed and the time from the first minute in the intensive care unit until the skin temperature reached 36.5°C was measured. Cardiopulmonary bypass (CPB) durations were noted as were preoperative and postoperative Activated Clotting Times (ACT) and the lowest body temperatures during the operation. A control group was formed of 16 randomly chosen patients who did not need re-exploration with CPB times similar to the study group. All parameters were compared between the two groups using the SPSS software version 10.0. RESULTS:
The length of time from the first minute in the intensive care unit until skin temperatures reached 36.5°C were significantly longer in the study group (p=0.0001). Preoperative and postoperative ACT were not significantly different (p=0.312 and p=0.576 respectively). The lowest body temperatures were also not significantly different (p=0.157). CONCLUSIONS:
Our findings show that skin temperature is an important indicator of excessive bleeding with a need for re-exploration. Hypothermia may be a reason for this or may be a result of the bleeding.